O Benfica prepara-se para dar o pontapé de saída na I Liga com a vontade de regressar ao topo. Há dois anos que o campeonato foge às águias e esta será mais uma temporada para que o objetivo volte a ser cumprido. A época 2025/26 começou com o pé direito com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Sporting, e os encarnados querem que seja um bom prenúncio daquilo que vai acontecer no final das contas.
Após na época passada ter estado à porta do triunfo, a equipa encarnada tem como principal objetivo conquistar a I Liga, de forma a pôr um ponto final na hegemonia recente do Sporting. Para além do campeonato, a Taça de Portugal e a Taça da Liga também se mantêm como foco do Benfica, procurando reinar no Jamor e revalidar o título na outra prova.
No entanto, as ambições encarnadas vão além de Portugal e centram-se no grande objetivo de garantir a entrada na fase de liga da Liga dos Campeões. As águias não conseguiram a entrada direta e precisam de correr atrás dos triunfos para que voltem a marcar presença na Europa, na competição de maior prestígio. Para já, estão bem lançados para chegar ao play-off, depois de vencerem em França o Nice por 2-0, na 1.ª mão da terceira pré-eliminatória.
Caras novas e algumas saídas
O plantel está renovado e com várias novidades, depois de ter sido feito um investimento avultado por parte da direção encarnado. No total, o Benfica investiu 78,8 milhões de euros em reforços, com destaque para a contratação de Richard Ríos que se tornou a mais cara de sempre no clube.
Richard Ríos (Palmeiras) – 27 MEFranjo Ivanovic (St.Gilloise) – 22,8 MEAmar Dedic (Red Bull Salzburg) – 12 MESamuel Dahl (Roma) – 9 MERafael Obrador (Real Madrid) – 5 MEEnzo Barrenechea (Aston Villa, empréstimo com opção de compra de 12 ME) – 3 ME
Contudo, foram várias as saídas e algumas tinham uma presença habitual no onze inicial. Há três nomes que se destacam entre os demais: Di María, Álvaro Carreras e Kokçu.
O argentino deixou o Benfica para rumar ao seu clube de coração, Rosario Central, a custo zero, enfraquecendo o plantel das águias ao nível da experiência e alguma classe. Carreras rumou ao Real Madrid por 50 ME e foi outra das saídas sonantes, tal como Kokçu que foi emprestado ao Besiktas com uma opção de compra obrigatória (25 ME fixos, mais 5 em objetivos).
Para além destes titulares indiscutíveis, houve vários jogadores emprestados que regressaram aos respetivos clubes: Amdouni, Renato Sanches e Belotti. A nível definitivo, os encarnados resolveram algumas pastas pendentes, como é o caso das saídas de Casper Tengstedt (Feyenoord, 6ME), Meité (PAOK, 1 ME), Jurásek (Besiktas) e Bajrami (Lucerna).
Equipa ainda longe da excelência, mas com margem de manobra
No dérbi da Supertaça nenhuma das equipas esteve particularmente bem ao longo da partida. O Benfica manteve-se muito confuso e esteve completamente perdido durante os primeiros 45 minutos, sem qualquer criatividade no último terço.
Ainda assim, na segunda parte, as águias melhoraram, mas a estratégia permaneceu como uma névoa, sem grandes indícios de espetacularidade.
Contudo, há bons indicadores e alguns jogadores que podem vir a ser um caso sério, assim que a formação encarnada conseguir estar bem oleada. É o caso de Dedic, que se apresentou a um bom nível nos dois jogos em que participou, e de Enzo Barrenechea, que melhorou o critério de passes com uma visão mais cerebral do jogo.
Richard Ríos poderá também assumir um papel importante no Benfica, principalmente pela agressividade que traz ao jogo encarnado. Ainda nos reforços, Ivanovic não se estreou, mas é esperado em campo com muita expectativa.
No jogo com o Nice, deu para ver um Benfica em 4-4-2, com Pavlidis a fazer dupla de avançados com Ivanovic. Uma opção que deverá ser repetida pelo treinador encarnado. Até ao final do mercado de transferências, poderá haver mais mexidas, como a possível saída de Akturkoglu para o Fenerbahçe e ainda possíveis entradas.