Na noite em que o Benfica somou mais três pontos na Luz, não foram apenas os golos a contar a história. Houve um lateral que correu como se tivesse mais pulmões do que todos, um norueguês que disparou um trovão, um guarda-redes que adiou o inevitável e até um jovem que entrou no fim para assinar o ponto final.
O jogo foi ganho por 3-0, mas os destaques escreveram-se em muito mais do que números.
Figura: Dedic, o motor que nunca pára
Dedic não foi apenas lateral-direito: foi ala, médio, segundo avançado e, se fosse preciso, até maestro. Jogou sempre com o pé no acelerador e acabou por abrir a autoestrada para o primeiro golo. Não se limitou a subir, inventou caminhos e deixou os adversários pelo relvado. É daqueles jogadores que parecem estar em todo o lado — e, no jogo de ontem, esteve mesmo.
Momento: o trovão da Noruega
Aursnes já tinha feito quilómetros, mas guardou o melhor para um disparo que ecoou na Luz. Um remate seco, impiedoso, que transformou um ataque bem desenhado num golo de levantar o estádio. Foi mais do que o 2-0: foi a confirmação de que o Benfica estava com o jogo nas mãos.
Os detalhes que contam
Ivanovic mostrou faro de golo com uma finalização certeira. Pavlidis esteve em todo o lado e quase assinou a obra de arte da noite, não fosse Tiago Manso e a trave terem dito não. Ríos podia ter fechado a conta, mas encontrou, mais uma vez, Fontes pela frente. E Prestiani, com a frescura de quem entra sem medo, deixou a sua marca nos descontos: o remate que fixou o resultado e fez a Luz sorrir ainda mais.
Um muro chamado Fontes
Perdeu 3-0, mas quem o viu jogar sabe que Bernardo Fontes merece destaque. Durante largos minutos, foi o guarda-redes que transformou impossíveis em defesas. Parou Ivanovic, voou a cabeceamentos de Pavlidis e manteve a esperança do Tondela viva até onde pôde. Às vezes, as muralhas também cedem, mas este muro beirão saiu maior do que entrou.
Resumo