Portugal vai tentar manter a sua invencibilidade perante a Hungria, na 2.ª jornada do Grupo F do apuramento europeu para o Mundial 2026. A Seleção Nacional procura assumir a liderança do agrupamento, para enfrentar a próxima paragem FIFA com mais fôlego.
Roberto Martinez terá de mexer na equipa, uma vez que este jogo se realiza 72 horas depois do fim do último, diante da Arménia, em Erevan. Certo é que Cristiano Ronaldo será titular, ele que deixou o jogo com os arménios antes da hora de jogo.
Na defesa, António Silva deverá ser titular, no lugar de Gonçalo Inácio, João Neves é candidato a lateral direito e no meio-campo, é provável a entrada de Bernardo Silva. Roberto Martinez não poderá contar com Francisco Conceição na frente, uma vez que o extremo da Juventus foi dispensado, devido a problemas físicos.
Nos húngaros, o destaque vai para o capitão Dominik Szoboszlai, médio multifacetado que pode resolver uma partida em qualquer momento. O jogador do Liverpool é o capitão de uma equipa onde se destaca o lateral esquerdo Milos Kerkez, antigo alvo do Benfica contratado pelo Liverpool ao Bournemouth esta época.
Nesta seleção do italiano Marco Rossi, há que ter cuidado com Bence Dardái, extremo que joga no Wolfsburgo, e o defesa central Willy Orban, que atua no Leipzig. Seis dos convocados vêm do Ferencvaros, o principal clube húngaro.
Momento de forma: Portugal anda de luto, Arménia inaugura novo capítulo
Na Puskas Arena, Portugal tentará dar sequência aos bons resultados dos últimos tempos. A Seleção Nacional deu mostras do seu poderio e capacidade, ao golear a Arménia por 5-0 em Erevan, no último sábado, no arranque desta qualificação.
Antes, os lusos tinham vencido a Liga das Nações, em junho. Portugal venceu a Alemanha por 2-1 nas meias-finais e a Espanha por 5-3 nas grandes penalidades (2-2 no tempo regulamentar) para conquistar a prova pela segunda vez, após ter vencido a primeira edição, em Portugal.
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Na fase anterior, a Seleção Nacional tinha derrotado a Dinamarca nos ‘quartos’ da prova, com um 5-2 em casa, após prolongamento, corrigindo assim a derrota fora de portas na 1.ª mão.
A Hungria arrancou este apuramento com um empate a duas bolas diante da Irlanda. No Aviva Stadium, em Dublin, os húngaros tiveram a vitória na mão, graças aos golos de Barnabás Varga e Roland Sallai, mas viram os três pontos fugir aos 90+3, quando Adam Idah empatou a partida para os da casa.
Este foi o 5.º jogo da Hungria neste ano de 2025, onde apenas venceu um particular com o Azerbaijão, seleção treinada por Fernando Santos até segunda-feira. De resto, tinha perdido em casa por 0-2 num jogo amigável, após duas derrotas com Turquia, por 0-3 e 1-3, no play-off de promoção à Liga A da Liga das Nações.
Histórico: Portugal nunca perdeu com Hungria
Portugal e Hungria já se defrontaram em 14 ocasiões, num histórico que cai quase sempre para o lado português. Nunca os húngaros conseguiram vencer Portugal: empataram quatro vezes e perderam 10 jogos. Desses 14 jogos, cinco foram amigáveis, jogos onde os húngaros conseguiram os melhores resultados (três empates).
Nos nove jogos a doer, Portugal venceu oito e empatou um. E esse empate teve sabor a vitória: era o terceiro em outros tantos jogos da fase de grupos do Euro de 2016, suficiente para Portugal passar como um dos melhores terceiros colocados, graças a um golo da Islândia aos 90+5 (Arnór Traustason) diante da Áustria. O resto, é história: uma seleção em crescendo até a vitória final, diante da França, no Stade de France, no primeiro e único europeu de futebol de Portugal.
Nos três jogos de Portugal em solo luso, contabilizam-se três vitórias: 3-1 no apuramento para o Euro 2000, 1-0 na caminhada rumo ao Mundial 2010 e 1-0 no apuramento para o Mundial 2018.
Portugal venceu sete dos últimos oito jogos a doer com a Hungria e vai numa sequência de três triunfos seguidos.
Da última vez que se defrontaram, Portugal venceu por 3-0 no palco do jogo de hoje, com um bis de Cristiano Ronaldo e um golo de Raphael Guerreiro, na 1.ª ronda do Grupo F do Euro 2020.
O que dizem os treinadores
Roberto Martinez (Portugal): “Na seleção, o que temos é o talento individual. Depois temos de trabalhar juntos, experimentar aspetos táticos, olhar para ligações e dinâmicas. Vamos para o 32.º jogo aqui e isso cria. Há também uma maior competitividade no grupo, para entrar no onze inicial. E o que queremos com os jogadores que entram vindos do banco no decorrer da partida é muito importante. Mas vamos defrontar uma equipa que tem o mesmo selecionador há mais de 70 jogos. O objetivo, para nós, é muito claro”.
Marco Rossi (Hungria): “A nossa tarefa é dificultar a vida aos portugueses. Se formos habilidosos e tivermos sorte, a partida pode terminar com um resultado positivo. O objetivo é tentar ganhar, mas um empate já não seria mau […] Com jogos com apenas três dias de intervalo, Portugal pode colocar praticamente qualquer um jogador dos 23 como titular e nada muda”
O Hungria-Portugal está agendado para às 19h45 desta terça-feira, na Puskas Arena, em Budapeste. O jogo será arbitrado por Erik Lambrechts, que apitará Portugal pela primeira vez. O juiz belga terá como árbitros assistentes os compatriotas Jo de Weirdt e Kevin Monteny. Jasper Vergoote assumirá as funções de quarto árbitro, enquanto que a dupla de vídeo-arbitragem será composta por Bram Van Driessche e Bert Put.