Arranca, no próximo domingo às 11h00 mais uma edição da Liga feminina de futebol. O Benfica-Racing Power dá início à prova, numa edição que fica manchada pelo imbróglio criado com a reintegração do Damaiense e com a possibilidade de alargamento, dado o convite da FPF, depois retirado, ao Famalicão, para ocupar o lugar do clube de Lisboa.
Na edição 2025/26 o que salta à vista é a falta de representatividade feminina nos bancos. Nos últimos 30 anos, esta é a primeira vez que não há nenhuma mulher a comandar uma das equipas que disputa a prova, de acordo com um levantamento feito pelo ‘zerozero’.
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São dez clubes, todos treinados por homens, muitos deles estrangeiros, o que também demonstra a aposta que se tem feito nesta liga, que vai crescendo a olhos vistos, apesar de alguns sobressaltos.
Esta época teremos sete treinadores portugueses, um espanhol, um alemão e um islandês a comandar as 10 equipas do principal escalão do futebol feminino nacional.
Esta falta de representatividade feminina nos bancos é preocupante, se tivermos em conta que na época passada, metade das equipas eram treinadas por mulheres: Filipa Patão, Mariana Cabral, Rita Castro e Silva, Joana Silva e Liliana Dinis.
Aliás, cinco é o máximo de treinadoras a comandar as equipas da primeira divisão num ano, algo que aconteceu também em 2020/21 (Filipa Patão, Susana Cova, Paula Pinho, Madalena Gala, Isabel Osório), em 2019/20 (Filipa Patão, Susana Cova, Madalena Gala, Paula Pinho, Mara Vieira), em 2011/12 (Paula Pinho, Alfredina Silva, Xana Coutada, Joana Carvalho, Tânia Pinto), e em 2007/08, ano de maior representatividade: cinco das seis equipas que disputaram a prova eram treinadas por mulheres (Helena Costa, Maria João Neves, Alfredina Silva, Adelaide Almeida e Catarina Regalo), segundo o ‘zerozero’
Desde 2002/2003 que a representatividade feminina nos bancos foi assegurada pelo menos por uma treinadora.
Treinadores da Liga Feminina 2025/26
Benfica: Ivan Baptista (português)
Sporting: Miguel Sequeira (português)
SC Braga:Marwin Bolz (alemão)
Marítimo: Luís Gabriel (português)
Racing Power: Yerai Martin (espanhol)
Valadares Gaia: Zé Nando (português)
Torreense: Gonçalo Nunes (português)
Rio Ave: João Marques (português)
Vitória Guimarães: Ivo Rogue (português
Damaiense: Kristján Gudmundsson (islandês)