Fim de semana desportivo em Portugal com a Liga a ficar definitivamente em tons de azul ao final da quinta jornada. Paira uma aurora boreal azulada para os lados do Dragão que está a encantar os seus adeptos e a deixar desconfiados os rivais.
Na sexta-feira o Benfica tropeçou em casa frente ao Santa Clara que festejou o empate como se fosse a final da Champions. Depois de serem eliminados na Liga Conferência por um clube com mais sardas do que profissionais, este empate sabe a queijo da ilha para os açoreanos. Em Lisboa, perante quase 60 mil espectadores, o Benfica marcou passo. Os seus adeptos esperavam ir a uma festa de hambúrguers de carne de vaca dos Açores e saiu-lhes a festa do povo açoreano. A coisa ainda começou bem, Paulo Vítor foi expulso depois de matar uma mosca com o pé na cabeça de Tomás Araújo, só que o Benfica nunca conseguiu impor o seu jogo.
Na segunda parte, Pavlidis, o grego guerreiro de serviço, marca aos 59 minutos e parece que Benfica vai apesar das dificuldades ganhar os três pontos. No entanto , já ao cair do pano, Otamendi decidi fazer um corte à peixinho mas devia estar com um anzol na boca, é que parece que foi puxado para trás, falha a bola e Vinícius decide que os descontos são seu parque de diversões empatando o jogo aos 90+2.
O Benfica, que já vinha com o moral em alta perde os primeiros pontos no campeonato e Bruno Lage passa de Deus da tática a burro em meia dúzia de minutos. Pelo menos burro foi a palavra mais simpática que se ouviu nas entrevistas aos adeptos no exterior do estádio.
Mais a Norte, no Estádio do Dragão, no dia de ontem, o Porto ganha, mas suado como quem tenta entrar numa festa exclusiva com entrada cara, com porteiro mal humorado, desconforto do momento e de sentir que está num lugar que já não é o seu, mas no final valeu a pena.
Um golinho do Samu através de uma grande penalidade caída não do céu mas do VAR dá a liderança isolada aos portistas.
O Nacional para quem esteve para falta ao jogo deu uma réplica bem grande. Parecia aquele aluno que não vinha às aulas mas quando aparece consegue passar à rasca e melhor do que alguns que estão sempre presentes.
Neste momento o FC Porto soma por vitórias os jogos da Liga disputados mas dá a ideia que a cada jogo que passa perde uma peça. No jogo de ontem foi Nehuén Pérez que se lesionou gravemente e vê a época terminar em Setembro.
Desejamos as melhoras ao argentino e que coma muito gelado, não ajuda na lesão mas ajuda na alma.
Ainda mais a norte, já no Minho, o Sporting venceu fora o Famalicão.
Basicamente foi um jogo de xadrez bastante equilibrado onde os minhotos atacaram forte a “rainha” Virgínia mas o Sporting conseguiu após “Suarez” muito fazer “check mate no Famalicão.
O Famalicão que estava até ontem invencível na Liga Portuguesa e como usei bem o tempo verbal, deixou de estar. Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.
O Sporting jogou em Famalicão bastante desfalcado e em Setembro tem já uma lista de lesões maior do que a lista de prendas para o Natal da minha afilhada.
Gustavo Sá queixou-de que foi injustiçado e ameaçou recorrer para o programa televisivo “A Sentença ” da TVI na esperança de que Gonçalo Inácio veja um cartão vermelho.
O campeonato segue animado, mais em tons de azul, mas se em Setembro já temos este mar de lesionados, imaginem quando os jogos começarem de facto a pesar nas pernas e vão começar, já a partir da próxima semana com o início das competições europeias.
Haja pernas, massagistas e unidades de “performance” para o que aí vem.
Viva o futebol