É lugar comum associarmos um bom duche a água quente, especialmente nas primeiras horas do dia, de tal forma que em muitas casas existe uma verdadeira corrida à casa de banho para poder evitar a ameaça de um banho com água fria.
Contudo, estes não merecem ser desprezados e evitados desta forma, muito pelo contrário. De acordo com estudos realizados, os duches de água fria trazem inúmeros benefícios para o nosso corpo.
Benefícios da água fria
De acordo com o Dr. Adam Friedman, a água fria pode ajudar pessoas com pele mais seca a ter menos comichão na pele após o duche.
Para além disso, a água fria ajuda o corpo a despertar, devido ao aumento do oxigénio inspirado, e consequente acelerar do ritmo cardíaco.
O aumento da circulação sanguínea é um dos principais benefícios apontados aos duches frios. A água fria contrai os vasos sanguíneos mais superficiais; tal leva ao sangue situado nos tecidos mais profundos a circular com maior velocidade e assim manter a temperatura corporal.
Este efeito pode também ajudar em casos de hipertensão ou doença cardiovascular. Juntamente com o combate à inflamação muscular, especialmente após um treino intenso, a água fria pode ajudar na perda de peso, através do aumento da resistência à insulina e através de maior queima de gordura corporal.
Outro benefício dos duches frios pode estar relacionado com a nossa pele e cabelo. A Dra. Jacqueline Schaffer defende que a água fria contrai os vasos sanguíneos, e também não seca a camada natural de sebo que protege pele e cabelo.
Fatores prejudiciais
Apesar dos vários benefícios, a utilização de água fria pode também ter o seu lado negativo. Se já sentir o corpo muito frio, tomar duche a essa temperatura não irá ajudar a sentir-se mais quente, podendo mesmo ter o efeito oposto.
Banhos frios são também desaconselhados a quem esteja doente, uma vez que a baixa temperatura da água pode prejudicar o sistema imunitário.
Água quente
Para além do período matinal, um duche quente é também associado ao final do dia, antes de dormir. A verdade é que, de acordo com o sistema de Keferstein, desenvolvido pelo Dr. Sebastian Kneipp, água quente contribuiu para o desenvolvimento do sistema nervoso parassimpático, o que nos deixa mais cansados.
Benefícios
Juntamente, um duche quente pode também trazer benefícios ao nível de problemas respiratórios, através do vapor de água gerado, que ajuda a desobstruir as vias respiratórias e libertar espeturação .
A água quente pode também ajudar no tratamento a manchas cutâneas. A abertura dos poros pode levar à libertação de sujidade e oleosidade presas na pele.
Para além do relaxamento muscular, estudos sugerem que banhos quentes permitem também uma redução do stress e fadiga, assim como um aumento da saúde mental e emocional.
Fatores prejudiciais
De acordo com a Dra. Jacqueline Schaffer, a água quente pode secar e irritar a pele, danificando as células de queratina situadas na epiderme, impedindo-as de absorver humidade.
Altas temperaturas na água podem também piorar doenças cutâneas. A facilidade com que a pele seca pode ter influência em casos de eczemas.
A pressão arterial também se pode elevar com um duche quente, o que pode piorar de sobremaneira situações de doenças cardiovasculares ou de pressão arterial elevada.
Conclusão
Vendo que as duas opções têm pros e contras, qual será a melhor escolha? Segundo o Dr. Adam Friedman, defende que devemos tomar um duche morno, e depois aplicar hidratante na pele.
Uma outra opção, segundo a técnica de Keferstein, passa pelo que se apelida de ‘duche de contraste’, ou seja: usar a água mais fria possível durante um minuto, passando para a mais quente tolerável durante outro minuto e repetindo este ciclo entre três a cinco vezes.
Segundo esta técnica, os benefícios advêm da água fria contrair os vasos sanguíneos, significando que todo o sangue ficará a meio do corpo.
Posteriormente, a água quente dilata os vasos sanguíneos, para que o corpo possa bombear o sangue para todos os músculos e órgãos.