O central espanhol Raúl Asencio e mais três ex-jogadores do Real Madrid vão a julgamento por dois crimes de divulgação sem consentimento de imagens sexuais das duas mulheres que participaram num encontro sexual consentido e ainda pelo crime de distribuição de pornografia infantil, uma vez que uma das raparigas era menor de idade.
A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior de Justiça das Canárias, Espanha.
Asencio, internacional espanhol que está na equipa principal do Real Madrid, e ainda Ferrán Ruiz, Juan Rodríguez e Andrés García, três jogadores que deixam os escalões de formação do clube merengue, são acusados de terem difundido, sem autorização, vídeos de conteúdo sexual envolvendo duas jovens, sendo uma delas menor.
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Ferrán Ruiz, Juan Rodríguez e Andrés García, terão de pagar uma caução de 20 mil euros, cada, enquanto Raúl Asencio ficou de pagar uma caução de 15 mil euros.
A diferença de valores nas cauções explica-se pelo facto de os três primeiros, além de acusados de difundir os vídeos, serem também os autores dessas gravações, realizadas sem o consentimento das vítimas.
Uma das mulheres terá retirado queixa
No dia 11 de setembro, uma das mulheres que apresentou queixa contra Raúl Asencio decidiu retirá-la e aceitar o pedido de desculpas do defesa do Real Madrid. O programa de rádio ‘El Partidazo de COPE’ falou sobre um documento da jovem em que garante ao juiz que não quer que Asencio seja castigado judicialmente.
“Aceito as desculpas de forma livre e voluntária e expresso o meu perdão. Não quero que (Raúl Asencio) seja castigado penalmente”, citou um jornalista do programa.
Esse jornalista revelou que a vítima, de 18 anos, compreendeu que foi “erro pontual, sem má intenção”.
O defesa do Real Madrid já tinha pedido o perdão da mulher. “Reconheço que cometi um erro. Quero desculpar-me expressa e incondicionalmente.”
Contudo, a outra mulher mantém a acusação contra Asencio, bem como os restantes jogadores envolvidos no caso: Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez.
Ministério Público espanhol pede dois anos e meio de prisão para jogador do Real Madrid
Diz a rádio ‘Cadena SER’ que o Ministério Público espanhol pede dois anos e meio de prisão para Raúl Asencio, central do Real Madrid, avança a rádio Cadena SER. Já o advogado da menor de idade pede quatro anos de prisão Raúl Asencio.
Diz o Ministério Público que Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez, os três jogadores que deixaram o Real Madrid quando o caso chegou à imprensa, mantiveram relações sexuais consentidas com duas raparigas numa zona reservada de um hotel nas Canárias. A relações sexuais foram gravadas e difundidas a terceiros sem o consentimento das jovens. Uma delas tinha 18 anos e a outra 16, no momento em que os factos ocorreram.
Raúl Asencio não estava com Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez, na altura dos atos sexuais, mas pediu o vídeo para o mostrar a um amigo. Depois de o mostrar, apagou imediatamente o conteúdo. O central do Real Madrid deverá pagar ainda cinco mil euros a cada uma das vítimas, enquanto os restantes arguidos, em conjunto, devem pagar 25 mil euros a cada uma das raparigas.
Para o Ministério Público, este comportamento do jogador do Real Madrid não pode ficar impune, pelo que também merece uma sanção penal, ainda que menos severa do que a aplicada aos outros três acusados.
Além do crime de distribuição de pornografia infantil, o MP pede a proibição de aproximação de Andrés García, Ferrán Ruiz e Juan Rodríguez às duas vítimas em qualquer lugar a menos de 500 metros, e a proibição por qualquer meio durante seis anos.