A Fórmula 1 encerra o seu périplo pela Europa este fim de semana, no Azerbaijão, na 17.ª prova do calendário, antes da mudança para a Ásia.
No circuito citadino de Baku, a McLaren poderá já fechar as contas do título de construtores. Depois de vencer o título em 2024 para quebrar um jejum de 26 anos, a McLaren acentuou ainda mais o seu domínio na Fórmula 1.
A formação inglesa lidera o Mundial de construtores com 617 pontos, contra 280 da Ferrari. Seguem-se a Mercedes com 260 pontos, a Red Bull tem 239. Ou seja, a escuderia inglesa tem uma vantagem de 337 pontos em relação à Ferrari. Até ao final, nas oito corridas que restam após Baku (três delas tem provas de sprint), o máximo que uma equipa irá amealhar são 389 pontos.
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Para ser campeão já em Baku, escuderia inglesa terá de fazer uma dobradinha e somar 43 pontos (25 pontos do vencedor e 18 do 2.º colocado). Se colocar Lando Norris e Oscar Piastri nos dois primeiros lugares ao fim das programadas 51 voltas, a McLaren chegará aos 346 pontos de vantagem sobre a equipa de Marannelo, suficiente para reconquistar o Mundial de construtores.
Ou seja, no GP do Azerbaijão, a equipa de Woking, Reino Unido, só tem de fazer mais nove pontos que a Ferrari, evitar ser superada em 11 pontos pela Mercedes e não ser superada pela Red Bull em mais do que 32 pontos.
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Se fechar as contas do título de construtores em Baku, a McLaren irá tornar-se na equipa que mais cedo venceu o campeonato na história da Fórmula 1. Depois de Baku, ficam a faltar sete provas (esta época são 24 Grandes Prémios).
Em 2023 a Red Bull bateu esse recorde, ao acabar com as contas do título na 16.ª das 22 corridas do ano, ou seja, a seis provas do final.
Quanto ao Mundial de Pilotos, há muito que a luta é entre Oscar Piastri e Lando Norris. O australiano lidera com 324 pontos, 31 de vantagem, contra 293 do britânico. A vitória no último GP em Monza deixou Max Verstappen com 230, George Russel é 4.º com 194 e Charles Leclerc o 5.º colocado com 163.
Horários do GP do Azerbaijão
Sexta-feira, 19 de setembro
09h30 – 10h30: Treinos livres 1
13h00 – 14h00: Treinos livres 2
Sábado, 20 de setembro
09h30 – 10h30: Treinos livres 3
13h00 – 14h00: Qualificação
Domingo, 21 de setembro
12h00: corrida (51 voltas)
Baku: entre o velho e o novo, entre curvas apertadas e retas longas
Baku é uma das pistas citadinas do Grande Circo, com 20 curvas. A pista, desenhada em parte no interior da histórica cidade, é mista, com uma primeira parte lenta, de muitas curvas, na parte velha da cidade, e uma segunda de retas para a velocidade pura.
Conseguir o melhor equilíbrio do carro é essencial para chegar à vitória. Os monologares deverão estar afinados, com boa tração, para aguentar as travagens na parte mais lenta do circuito, entre ruas da Cidade do Vento, com algumas curvas de 90 graus e onde os pneus são submetidos a grande desgaste.
Mas será essencial ter o carro preparado para velocidade no último sector, feito sempre a abrir, principalmente a seguir a curva 16, antes do ponto de detenção de DRS, na reta da meta, com os seus 2.220 metros, a mais longa do campeonato. Baku é a segunda pista mais longa do calendário (6,006 quilómetros), apenas batido por Spa-Francorchamps, na Bélgica.
Se na parte mais sinuosa do circuito é difícil encontrar espaço para ultrapassar, com curvas a serem feitas a 60 km/h, o mesmo não se pode dizer da longa e larga reta, onde os carros chegam a atingir velocidades impressionantes. Aqui há espaço para termos quatro carros lado a lado. Em 2016, na qualificação, Valtteri Bottas chegou aos 378 km/h com o seu Mercedes.
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Quem ganha na Cidade dos Ventos?
Os anteriores oito Grandes Prémios em Baku foram ganhos por sete plotos diferentes. Sérgio Pérez, que já não está no Grande Circo, foi o único a vencer duas vezes (2021 e 2023 pela Red Bull) na pista situada nas margens do Mar Cáspio. Além dos dois triunfos do mexicano, a equipa de Milton Keynes ganhou também na Cidade dos Ventos, por Daniel Ricciardo em 2017 e Max Verstappen em 2022.
A Mercedes conta com três triunfos em Baku (Nico Rosberg em 2016, Lewis Hamilton em 2018 e Valtteri Bottas em 2019). No ano passado a vitória foi da McLaren, pelas mãos de Oscar Piastri, atual líder do Mundial de Pilotos.
Nas qualificações é a Ferrari quem tem dominado, com Charles Leclerc a sair da primeira linha da grelha em quatro ocasiões (de 2021 a 2024), sem nunca vencer. Nico Rosberg (2016), Lewis Hamilton (2017), Sebastian Vettel (2018) e Valtteri Bottas (2019) foram os outros pilotos a conseguirem a ‘pole’ no GP do Azerbaijão.
Caraterísticas da pista de Baku
Número de voltas: 51
Cumprimento da pista: 6,006 km
Distância de prova: 306.306 km
Curvas: 20 (12 para a esquerda e 8 para a direita)
Reta mais longa: 2.200 m
Pole mais rápida: Charles Leclerc (Ferrari) 1min 40s 203 em 2023
Volta mais rápida: Charles Leclerc (Ferrari) 1min 43s 009 em 2019
Piloto com mais vitórias: México Sergio Perez da Red Bull (2)
Equipa com mais triunfos: Red Bull (4)
Última ‘pole position’: Charles Leclerc (Ferrari) 1min 40s 203
Volta mais rápida em 2023: George Russell (Mercedes) 1min 43s 370
Os 10 primeiros no Mundial de Pilotos
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