Portugal defronta a República da Irlanda, sábado, e a Hungria, na terça-feira, dia 14, e João Palhinha, agora jogador do Tottenham, foi esta terça-feira o jogador escolhido para falar aos jornalistas na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde decorre a preparação da Seleção nacional para esses dois embates.
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Já pensam no apuramento, ou continuam a pensar jogo a jogo: “Esta equipa está como sempre motivada para garantir assim que possível essa qualificação, que é o objetivo. Vamos ter dois jogos em casa, o que também é especial para todos, uma emoção diferente quando jogamos no nosso país. Queremos a qualificação o mais depressa possível e, se pudermos já garanti-la e festejar todos juntos, é o cenário ideal”.
Espera ser titular, face à ausência e João Neves? “Acredito sempre que posso jogar de início. Dou o meu máximo nos treinos e toda a gente que está comigo e me conhece bem sabe a minha dedicação. Espero pela oportunidade, como sempre. Estou preparado se for chamado e, se não for, também estarei. Obviamente que quero sempre jogar e ter essas oportunidades, mas depois é uma escolha do mister, que vai decidir quem está mais preparado. A mim resta-me mostrar isso nos treinos”.
Há mais de um ano que não é titular num jogo da Seleção…: “Tenho essa noção. Talvez tivesse um bocado a ver com a situação que vivi no Bayern, não há que estar com rodeios. O momento na Seleção, normalmente, vive muito do que vivemos nos clubes, a verdade é essa. Não foi uma época fácil para mim -a passada -, especialmente com a lesão que sofri aqui. Depois não tive as oportunidades que acho que merecia quando já tinha recuperado. E isso talvez tenha tido impacto nos minutos na Seleção. Quando estamos a jogar e estamos bem nos clubes, é mais fácil ter os minutos aqui. Mas são fases. As nossas carreiras vivem de fases. Agora também estou a atravessar uma fase muito feliz da minha vida, novo clube, novo projeto. O futebol, e a vida em geral, é muito momentâneo. Resta-me aproveitar e tentar usufruir das oportunidades”.
Seleção mais capaz de correr atrás dos resultados: “Obviamente também não só por termos conquistado a Liga das Nações, é algo que traz muita confiança. Estamos a atravessar uma fase em que olhamos para o lado e sentimos a confiança no colega que está ao nosso lado, sentimos a qualidade. Essa qualidade sempre esteve presente, mas sentimos também que o espírito e a união estão acima do que aconteceu no passado. Talvez fosse isso que faltasse em alguns momentos. Noto uma Seleção unida e com fome de títulos. Estamos muito motivados, não só os jogadores mas também o staff. Acima de tudo, tem muito a ver com isto”.
A viver um bom momento no Tottenham depois de uma época menos feliz no Bayern: “Acho que simplesmente tenho tido as oportunidades que se calhar não tive no passado. É muito isto. Sinto a confiança total das pessoas que me quiseram levar para o Tottenham, neste caso o treinador, que foi o principal responsável. Quando sentimos esta confiança e somos desejados num sítio, é aí que devemos estar. Tomei esta decisão muito facilmente. Não só por ser a Premier League, mas por sentir a vontade em trabalhar comigo do outro lado. E estas oportunidades estão a fazer-me mostrar do que sou capaz de atingir. Estou muito feliz e contente com este novo desafio e só quero desfrutar. E, neste espaço da Seleção, voltar a desfrutar de todos os minutos”.
Elogios de Roberto Martínez: “Acho que sempre estive comprometido com a Seleção. Já posso dizer que estou aqui há uns bons anos, felizmente, e isso deixa-me muito orgulhoso. Sempre tive fases diferentes em quase todos os momentos. É sinal do compromisso que tenho com este grupo. Sempre que sou chamado, é um orgulho tremendo voltar e representar o nosso país. Vocês sabem as minhas caraterísticas enquanto jogador e sabem o que posso acrescentar. Uma coisa boa que temos no meio-campo é que todos os jogadores têm caraterísticas muito diferentes. Eu, o Vitinha, o João Neves, o Bruno e o Bernardo. Podemos acrescentar coisas muito diferentes e isso ajuda, é uma mais-valia para o treinador. Sou o mesmo João de 2020, com a mesma fome de ajudar a Seleção. Isso sempre esteve presente”.
O que espera da Irlanda?: “Ainda não tivemos tempo para analisar. Conheço alguns jogadores porque há uns quantos em Inglaterra. Vai ser sempre muito difícil. Essa análise vai começar hoje e vamos focar-nos totalmente neste jogo. É uma seleção que conhecemos bem, já os defrontámos anteriormente. Se nos lembrarmos do jogo no Algarve, em que estivemos em desvantagem e conseguimos empatar, não foi nada fácil. Espera-nos um jogo difícil e vamos analisar o máximo possível para estarmos preparados”.
Já leva três golos esta época, nunca marcou mais do que quatro numa temporada…: “Espero ter bem mais daqui a uns bons meses, também estipulei essa objetivo para esta época, poder fazer bem mais do que tenho feito nos últimos anos. Mas não me foco muito nisso. É um sinal claro do trabalho que tenho vindo a fazer. A maneira efusiva vai muito de encontro às emoções. Venho de uma época muito difícil e talvez tenha festejado de uma maneira mais efusiva por tudo o que tinha guardado cá dentro. Poder dedicar cada momento de sucesso aos meus filhos, especialmente… É o primeiro pensamento que tenho. O facto de ser isso tudo junto acho que me leva a festejar de tal forma”.