O conto de fadas de Valentin Vacherot no Shanghai Masters 1000 de 2025 acabou mesmo em glória, com a vitória na final sobre Arthur Rinderknech, seu primo e antigo colega de equipa na faculdade, por 4-6, 6-3 e 6-3, conquistando o seu primeiro título ATP. E logo um título Masters 1000.
– Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt –
O monegasco, que começou a semana como número 204 do mundo, tornou-se no campeão de um torneio ATP Masters 1000 com o ranking mais baixa de sempre.
“É surreal o que acabou de acontecer. Não tenho ainda noção do que está a acontecer agora. Nem sei se não estou a sonhar, é simplesmente uma loucura”, disse Vacherot. “Estou muito feliz com o meu desempenho nas últimas duas semanas. Só quero agradecer a todos os me têm ajudado na minha carreira desde o início. Tem de haver um perdedor, mas acho que há dois vencedores hoje. Uma família que ganhou, e acho que, para o desporto do ténis, esta foi uma história surreal”.
É que Rinderknech, de 30 anos, derrotado na final, não é também propriamente uma estrela do mundo do ténis, ocupando atualmente o lugar 54 do rankig.
A competirem num court completamente lotado num dos maiores eventos do ATP Tour, os dois depararam-se com um cenário da final não podia estar mais longe dos tempos em que jogavam juntos na Texas A&M University, em 2018.
Agora, Rinderknech tinha, antes de chegar a Xangai, como melhor resultado da carreira uma final no ATP 250 de Adelaide, em 2022. Nunca tinha passado da terceira ronda num Masters 1000 até esta semana.
Mas a caminhada de Vacherot no torneio foi ainda ainda mais improvável. O jogador de 26 anos entrou com apenas uma vitória em torneios de Masters 1000 até aqui, conquistada no início deste ano em Monte Carlo. Tornou-se o finalista com a pior ranking na história do Masters 1000 e agora, naturalmente, no vencedor com pior ranking.reescreveu o percurso da sua carreira.
Depois de ultrapassar o qualifying, o monegasco afastou Laslo Djere, Alexander Bublik, Tomas Machac, Tallon Griekspoor, Holger Rune e Novak Djokovic no quadro principal rumo à final. Aí, frente a Rinderknech,até começou por perder o primeiro set, mas reagiu para erguer mesmo o troféu, num autêntico conto de fadas com final feliz.