Max Verstappen admitiu, pela primeira vez, que tem hipóteses reais de se sagrar campeão do Mundo de Fórmula 1 em 2025. As esperanças do neerlandês foram reforçadas com os pontos ganhos no Grande Prémio dos EUA, no Texas, no fim de semana, depois de vencer a corrida sprint no sábado e a principal no domingo. Pode não depender de si mas, a este ritmo, o 5.º título seguido de Fórmula 1, depois de 2021, 2022, 2023, 2024, será uma inevitabilidade.
“Claro que a oportunidade está lá. Só precisamos de continuar a fazer fins de semana como este até ao fim. Vamos tentar. É entusiasmante. Sabemos, obviamente, que precisamos de ser perfeitos até ao final da época para termos hipóteses, mas vamos tentar, e se conseguirmos, será incrível. Se não conseguirmos, tentámos tudo até ao fim e mantivemos as coisas emocionantes. Esse é o nosso espírito. É uma pressão positiva. Não é nada que nos coloque stress. Estamos apenas a dar tudo”, disse o piloto da Red Bull, no final do Grande Prémio dos EUA.
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O neerlandês venceu duas das três últimas corridas e ficou em segundo lugar na outra, numa sequência em que nenhum McLaren terminou à sua frente, desde o Grande Prémio dos Países Baixos, no final de agosto, ganho por Piastri.
No final do GP dos Países Baixos, Max Verstappen estava a 104 pontos de Oscar Piastri (McLaren) no campeonato, e a 70 de Lando Norris. Agora, está apenas a 40 do australiano, cuja vantagem sobre o colega de equipa foi reduzida para 14 pontos. Em quatro corridas, recuperou 64 pontos, alargando assim a luta pelo título a três pilotos, quando tudo indicava que seria uma guerra entre os Papaia.
A escuderia britânica dominou as corridas de verão na Europa até chegar ao GP da Itália, em setembro, onde Max apresentou-se com um carro equilibrado graças a um novo fundo plano e uma asa dianteira melhorada. As melhorias que a Red Bull introduziram no monologar levaram o campeão do Mundo a ultrapassar os McLaren na performance, como ficou vincado em Monza, Baku e Singapura.
Desde a pausa de verão, Verstappen fez 119 pontos, contra 62 de Piastri e 57 de Norris. Nas últimas cinco provas, Verstappen tirou, em média, 11,4 pontos a Piastri e 12,4 a Norris, por corrida.
O que Verstappen tem de fazer para ser campeão?
O crescimento de Verstappen contou também com erros da McLaren. Oscar Piastri parece estar a sentir a pressão de liderar o Mundial. O australiano tinha uma vantagem de 34 pontos sobre o colega de equipa, Lando Norris, vantagem essa que caiu para menos de metade.
Piastri terminou atrás de Norris em Monza, teve um fim de semana para esquecer em Baku e perdeu em Singapura quando Norris o ultrapassou de forma agressiva na primeira curva.
Neste momento, o máximo de pontos que um piloto pode almejar são 141: os 125 das cinco corridas (cada vitória vale 25 pontos), mais os 16 restantes pontos nas duas corridas Sprint, nos GP de São Paulo e o GP do Catar.
Max sabe que não depende de si para ser campeão, mas tem, neste momento, o melhor carro da grelha. A McLaren, já a pensar no desenvolvimento do carro para 2026, deixou de trabalhar em melhorias.
Até ao final, Max pode chegar aos 448 pontos, mas para ser campeão, precisa que Piastri não fique em segundo nas provas que restam (se ficar em 2.º em todas as provas até ao final, Piastri fará 451 pontos e será campeão).
Mas, ao contrário do australiano, em queda após o triunfo em Zandvoort (só um pódio, em Monza), Max tem vindo a dominar.
Até ao final, ficam a faltar cinco corridas, duas delas com formato sprint. Apesar de pistas como Brasil, Catar e Abu Dhabi favorecerem a McLaren, se há piloto na grelha capaz de desafiar esse domínio dos Papaia é Max.