Quem olhasse para o jogo até ao momento da expulsão nunca pensaria que o Sporting conseguiria vencer o duelo e resolver a ‘equação’ Marselha. Os verdes e brancos dividiram o jogo durante escassos minutos durante o primeiro tempo. A equipa de Roberto De Zerbi tirou a bola ao campeão nacional, e lançava rapidamente o trio da frente constituído por Aubameyang, Greenwood e Igor Paixão. Os ‘Les Minots’ pareciam jogar a outra velocidade, e o Sporting, sem bola, mostrava-se perdido. Com bola, os leões – com Simões de regresso ao miolo e ainda Maxi Araújo e Gonçalo Inácio – insistiam no jogo interior perante um Marselha que defendia com seis, o que tornava praticamente impossível o Sporting canalizar o encontro pela zona central.
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Igor Paixão começou por ameaçar por duas vezes a baliza de Rui Silva e à terceira, tirou Fresneda do caminho e com um remate em arco portentoso, abriu as contas em Alvalade.
Greenwood ameaçou no minuto seguinte, e os franceses eram donos e senhores do jogo. Os bicampeões nacionais não se mostravam capazes de colocar em xeque o vicecampeão da Ligue 1, equipa carregada de individualidades e num ritmo de ‘big 5’ – É urgente rever o modelo de competitividade da liga portuguesa.
Com a partida aparentemente controlada, os homens de De Zerbi deu um tiro no pé já perto do intervalo. Emerson caiu na área e começou por ser assinalada uma grande penalidade contra o Sporting, por falta de Maxi Araújo. Só que o árbitro acabou por reverter a decisão, e os franceses viam-se de repente com menos um homem.
No segundo tempo, o Rui Borges teve o condão de ler o momento. Mostrou-se ambicioso, fez as substituições que tinha que fazer, e a fortuna sorriu-lhe no fim. De Zerbi tentou equilibrar as peças, mas o que é certo é que se abriram brechas na defesa do ‘OM’. Luis Suárez ensaiou tentativas para tentar igualar a contenda. Geny Catamo entrou, e pouco depois, a passe de Pedro Gonçalves igualou as contas. Alisson, também aposta para o segundo tempo, num remate de felicidade garantiu preciosos três pontos para os leões.
Momento – Ai se não houvesse VAR!
A videoarbitragem assumiu no encontro entre o Sporting e o Marselha um papel determinante e foi essencial para repor a verdade desportiva. Sem VAR, a grande penalidade sobre Emerson tinha sido assinalada; o jogador do Marselha não tinha sido expulso, o golo do empate do Sporting (marcado por Geny) não tinha contado, Maxi Araújo, já no final da partida, tinha sido expulso. E há quem defenda o fim do VAR…
Melhores
Geny Catamo
Teve o condão de ser decisivo e foi essencial para a reviravolta leonina. Deixou os ‘rodriguinhos’ de lado, e com objetividade, disparou de pronto após passe adocicado de Pedro Gonçalves.
Igor Paixão
Muita qualidade deste brasileiro que já tinha causado muitos estragos ao serviço do Feyenoord. Ensaiou algumas tentativas na primeira parte, antes de ser o protagonista de um golo de grande categoria. Desapareceu na segunda parte, assim como a equipa do Marselha.
Alisson
Foi aposta para os últimos minutos do jogo. Teve fé, disparou, a bola desvia em Pavard e entrou na baliza. O avançado de 23 anos começa a dar nas vistas ao serviço do Sporting.