Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe, já lá diz o ditado. No caso do FC Porto, este ‘bem’ durou 12 jogos, onde só o rival Benfica conseguiu impedir a vitória azul e branca. Já o Nottingham Forest foi antes pela primeira parte do provérbio, pondo fim a uma série negativa de 10 jogos sem vencer.
Em Inglaterra, e perante um adversário que estreava o seu terceiro treinador em três meses, os dragões tiveram muitas dificuldades em igualar os níveis de intensidade do adversário, especialmente a partir do 1-0.
O Forest procurava mostrar-se ao novo técnico e, empurrado por um City Ground a rebentar pelas costuras, mostrou-se sempre mais ligado, conseguindo aproveitar da melhor maneira os poucos erros cometidos pelos portistas.
Com efeito, foram apenas duas grandes penalidades que acabaram por fazer a diferença, dando assim a provar aos líderes da Primeira Liga o seu primeiro dissabor da temporada.
FOTOS: As melhores imagens do Nottingham Forest-FC Porto
Para esta partida, Farioli mudou apenas uma peça no seu xadrez, fazendo entrar Pablo Rosário para o meio-campo por troca com Gabri Veiga, por forma a dar mais poderio físico na dura batalha de meio-campo que se avizinhava.
Mantendo a sua matriz habitual, os dragões começaram o jogo pressionantes, especialmente quando o Forest tentava sair a jogar desde a sua zona defensiva, recuando o bloco quando os ingleses conseguiam ultrapassar essa primeira linha.
O equilíbrio foi a nota dominante no arranque do jogo, com o primeiro remate a chegar apenas aos 15 minutos, quando Hudson-Odoi testou a atenção de Diogo Costa; o lance teve o condão de galvanizar a equipa inglesa, que acabou mesmo por inaugurar o marcador.
Aos 18 minutos, um cruzamento vindo da esquerda termina no braço de Jen Bednarek dentro da área, grande penalidade que Gibbs-White aproveitou para inaugurar o marcador.
Era a primeira vez esta época que o FC Porto estava em desvantagem no marcador, uma posição com a qual não se sentiu nada confortável, especialmente ao perceber das dificuldades que tinha em penetrar o denso bloco inglês, devidamente colocado no seu meio-campo defensivo.
Apenas Alan Varela, com um remate de longe aos 38 minutos, conseguiu ameaçar verdadeiramente as redes do guarda-redes Sels.
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Na segunda parte o FC Porto parecia mostrar outra intensidade, chegando mais vezes junto da área do Forest; Bednarek até chegou a marcar, após um lance confuso dentro da área, mas o lance acabou por ser invalidado.
Para não tentar perder o fulgor, Farioli fez entrar Martim Fernandes, Gabri Veiga e William Gomes, mas os azuis e brancos nunca conseguiram criar verdadeiras oportunidades de golo.
Por seu lado, o Nottingham Forest procurava aproveitar o espaço deixado pelo adversário para rápidas transições, com Hudson-Odoi a ter nos pés uma oportunidade flagrante, permitindo o corte de Bednarek.
Todavia o segundo golo inglês acabaria por chegar, e novamente da marca de grande penalidade; aos 77 minutos, Martim Fernandes derruba Savona dentro da área. Inicialmente visto como uma simulação, o lance é transformado em penálti após consulta das imagens e Igor Jesus aproveitou para selar o triunfo da equipa da casa.
Este resultado atira o FC Porto para o 15º lugar da tabela da Liga Europa, ainda com os mesmos 6 pontos, enquanto que o Nottingham Forest salta para o 17º posto, com 4, quebrando assim um jejum de 10 jogos sem vencer.
A figura: O Xerife de Nottingham
Não foi por acaso que Elliot Anderson tem vindo a fazer parte da lista de convocados de Thomas Tuchel para a seleção de Inglaterra.
O jovem médio de 22 anos comandou o meio-campo do Forest, mostrando-se irredutível nos duelos e nos quilómetros percorridos. Não apontou golos nem registou assistências, mas todo o jogo dos ‘tricky trees’ passou pelos seus pés e cabeça, revelando-se peça fundamental na equipa inglesa.
Outros destaques:
Hudson-Odoi: Sempre o principal agitador na equipa do Forest a partir do corredor esquerdo. Foi dos seus pés que surgiu a primeira oportunidade de golo da partida, tendo beneficiado de uma outra, mais flagrante, na segunda parte.
Alan Varela: Num jogo de pouca inspiração ofensiva da equipa portista, o médio argentino foi dos mais combativos e intensos na formação azul e branca. Foi dos seus pés que nasceu a primeira (e única) verdadeira oportunidade de golo, através de um remate de meia distância.
Momento do jogo: ‘Badnarek’
O primeiro quarto de hora já se tinha esgotado e o encontro parecia equilibrado, com o FC Porto a conseguir contrariar a entrada forte dos ingleses; após um cruzamento da esquerda, Bednarek saltou com Igor Jesus e acabou por jogar a bola com o braço.
Grande penalidade que Gibbs-White converteu no 1-0, golo que os dragões acusaram e muito, mostrando-se incapazes de reagir de forma assertiva e eficaz.























