A Fórmula 1 segue viagem para a Cidade do México para o 20.º Grande Prémio da temporada. O Autódromo Hermanos Rodríguez vai receber mais uma corrida, que promete continuar a agitar o Mundial de Pilotos.
Depois do formato sprint em Austin, o GP México vai voltar ao modelo mais tradicional com qualificação ao sábado e corrido ao domingo. Para além disso, esta será a primeira vez, nos últimos 10 anos, que a grelha de pilotos não terá nenhum mexicano a competir.
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A saída de Sergio Pérez da Red Bull deixou de o herói local, que será uma ausência só em 2025. O piloto mexicano vai integrar o grid no próximo ano para fazer dupla com Valtteri Bottas na Cadillac.
Outra das novidades desta prova será a inclusão de nove rookies na primeira sessão de treinos livres, já esta sexta-feira. As equipas precisam de dar minutos aos ‘miúdos’ e este é um circuito perfeito. Há estreias e outros velhos conhecidos, bem como a certeza de que o melhor é estar atento aos prováveis nomes da modalidade nos próximos anos.
O ano passado foi Carlos Sainz que venceu, tranquilamente, com uma liderança do princípio ao fim. Contudo, este é um circuito que já ficou na história por vários motivos, entre eles o quinto título mundial de Lewis Hamilton. Foi em 2018 que o britânico fez a festa em solo mexicano, depois de ter terminado a corrida em quarto, o suficiente para igualar Juan Manuel Fangio.
Luta a três pelo título
O Mundial de Pilotos está cada vez mais agitado, principalmente desde que Max Verstappen se intrometeu na luta. A reta final do campeonato tem servido para testar a competência dos pilotos da McLaren e a ‘estrelinha de campeão’ do neerlandês.
Oscar Piastri está na liderança da tabela com 346 pontos, mas a vantagem na frente já foi maior. Há três GP’s que o australiano não marca presença no pódio, existindo espaço para o colega de equipa ascender.
O azar de uns é a sorte de outros, neste caso de Lando Norris. O britânico tem-se aproximado e depois de alguma distância está apenas a 14 pontos de ‘morder os calcanhares’ ao líder.
Contudo, houve quem quisesse juntar-se à festa: Max Verstappen. O neerlandês manteve-se discreto e com pouca esperança de lutar por mais um título, mas pouco a pouco conseguiu impor-se. Nas últimas cinco corridas, o piloto da Red Bull chegou sempre ao pódio e venceu três delas, incluindo a última em Austin.
Tudo vai correndo às mil maravilhas para Verstappen que soma 306, menos 26 do que Norris e menos 40 do que Piastri.
Quanto ao restante top 10, George Russell (Mercedes) é confortavelmente 4.º classificado (252), à frente de Charles Leclerc (Ferrari) e Lewis Hamilton (Ferrari) que contam com 192 e 142 pontos, respetivamente. Segue-se Kimi Antonelli (Mercedes) na sétima posição (89) e Alexander Albon (Williams) em oitavo com 73 pontos. Por fim, Nico Hulkenberg (Sauber) com 41 e o rookie Isack Hadjar (Racing Bulls) a completar o top 10.
Mercedes, Ferrari e Red Bull disputam 2.º lugar
A McLaren segue sem preocupações no 1.º lugar com 678 pontos, até porque já se sagrou bicampeão de construtores. No entanto, o segundo lugar é ambicionado pela Mercedes, Ferrari e Red Bull.
São poucos os pontos que as separam, ainda que seja a Mercedes que leve vantagem com 341 pontos, mais sete do que a ‘Cavallino rampante’. A Red Bull procura dar o ar de sua graça, tal como Max Verstappen, e está a três pontos da Ferrari e a 10 dos germânicos.
Em 5.º lugar está a Williams (111), à frente da Racing Bulls (72) e da Aston Martin (69). Em oitavo segue a Sauber (59), ao passo que a Haas (48) e a Alpine (20) estão nos últimos lugares.
Horários do GP México
Sexta-feira, 24 de outubro
TL1 – 19:30
TL2 – 23:00
Sábado, 25 de outubro
TL3 – 18:30
Qualificação – 22:00
Domingo, 26 de outubro
Corrida – 20:00
Autódromo Hermanos Rodríguez: altitude elevada é o maior desafio
Este circuito é característico por ter uma extensão de 4,304 quilómetros, com 17 curvas (7 para a esquerda, 10 para a direita ). Para além das curvas, há também retas longas, o que obriga a um equilíbrio perfeito no carro. É um dos traçados mais curtos e, por isso, vai ter 71 voltas.
O GP México é visto como um dos mais difíceis por estar localizado a 2.240 metros de altitude. A elevada altitude vai diminuir a densidade do ar, sendo por si só um desafio para os pilotos, mas não só.
Também os monolugares têm comportamentos diferentes com a alta pressão. A carga aerodinâmica/downforce será menor, dificultando uma gestão da potência. Também a refrigeração do motor e dos travões vai sofrer com esta característica.
É de destacar o ‘Foro Sol’, uma das partes mais icónicas do circuito. No fundo, esta seção da pista está integrada num antigo estádio de basebol e é lá que se assiste às celebrações do pódio.























