Não há qualquer mulher na direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
Além de Reinaldo Teixeira, a direção conta com representantes de clubes da I Liga: Tiago Madureira (FC Porto), Nuno Catarino (Benfica), André Bernardo (Sporting), Pedro Coelho Lima (Vitória de Guimarães) e José Miguel Albuquerque (Alverca), e ainda representantes da Segunda Liga como Leixões (André Castro), Marítimo (Carlos André Gomes) e Feirense (Miguel Fernandes).
Nesta direção 100 por cento masculina para a época 2025/25, há que destacar a presença de Rui Caeiro, vogal cooptado para a direção da Federação Portuguesa de Futebol.
Na anterior direção da Liga, presidida por Pedro Proença, Alexandrina Cruz (Rio Ave) e Júlia Almeida (Casa Pia) eram as caras femininas do projeto.
O organismo presidido por Reinaldo Teixeira entende que não há obrigatoriedade de cumprir o Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), que determina que “a proporção de pessoas de cada sexo a designar para cada órgão das federações desportivas não pode ser inferior a 20 por cento, a partir da primeira assembleia geral eletiva após a entrada em vigor da presente lei”.
Fonte da Liga Portuguesa de Futebol Profissional garantiu à Lusa o organismo está a cumprir a lei, já que “os seus mandatos iniciaram-se antes da entrada em vigor da legislação”.
Mas a verdade é que a aprovação da lei aconteceu a 15 de fevereiro de 2024 e a atual direção da Liga tomou posse em julho de 2025.
Um parecer homologado pelo secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, a 22 de agosto de 2024, considera que a proporcionalidade, de 20 por cento de mulheres até 31 de dezembro de 2025 e 33,3 por cento após as primeiras eleições realizadas depois de 1 de janeiro de 2026, nas ligas profissionais, “tendo como paradigma a LPFP, abrange a Mesa da Assembleia Geral, a Direção e o Conselho Fiscal”.
Ora tanto a Mesa da Assembleia Geral como o Conselho Fiscal são exclusivamente integrados por elementos masculinos.
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