Foi divulgada esta quinta-feira a segunda parte da extensa entrevista do jornalista inglês Piers Morgan a Cristiano Ronaldo.
Entre outros temas, CR7 falou sobre a sua forma física, a sua veia goleadora e recordou ainda um reencontro com uma velha amiga.
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Reencontro com pessoa que lhe oferecia comida no McDonald´s: “Foi uma história engraçada. Fui de Riade para Lisboa e fiquei junto a uma área privada, até que alguém me diz ‘Cristiano, olha para ali’. Estás a ver aquelas pessoas que reconheces passados 20 anos… Dei um grande abraço a uma rapariga. A Georgina e os meus filhos ficaram a olhar para mim. O mundo é realmente uma caixa de surpresas. Ela ficou em choque porque nunca esperou que eu a fosse reconhecer. Muito menos pensou que iria falar com ela. Ela disse-me ‘Nunca imaginei isto… Admito que cada vez que eu sei que vens, faço tudo para estar aqui só para te ver’. Já disse muitas vezes aos meus amigos que pretendo fazer algo especial a este tipo de fãs”
José Semedo: “É brilhante. Muitas vezes, quando falam de coisas assim, sinto-me meio emocional. Deus coloca as pessoas onde elas merecem estar. Até acho que o podias entrevistar. É muito bom rapaz. É interessante mesmo. Não o digo só por ser meu amigo ou por ser CEO do Al Nassr. É alguém mesmo especial, capaz de fazer tudo. Está sempre lá. Vou colocá-lo sempre no meu topo. Este tipo de pessoas é importante para a vida de qualquer um. Faço sempre o meu melhor. Nessa altura [infância], eu tinha apenas os meus 12 anos. Ninguém imagina… Eu gostava dele, mas não tanto como gosto agora. Faz parte da minha família. Tenho mesmo sorte por ter muitas das pessoas que tenho a rodear-me. Pela forma como lutam pelas coisas. Família, amigos… Se não tens boas pessoas à tua volta, não vais ser feliz. Daí eu repetir que sou um homem sortudo, com muitos grandes amigos. É uma benção”
Forma física aos 40 anos: “Comecei com o ginásio logo com 12, 13, 14 anos… Não todos os dias, mas é tudo uma questão de consistência. Tenho bons hábitos, boa energia, bom tempo para descanso. É a tal consistência. Se a tiveres, tudo será mais fácil. Confia em mim. Há muitos exemplos noutros desportos. O LeBron James, no basquetebol, também parece que tem sempre a mesma idade. Continua a jogar basquetebol e mostra o que vale. Mais exemplos? O Modric, por exemplo. Tem a mesma idade que eu. Novak Djokovic? É sempre muito bom quando tens outros desportistas a falar bem de ti. Ele é um grande exemplo disso. Estou grato pelas palavras dele”
Melhor finalizador agora do que há 10 anos?: “Acho que sempre fui um finalizador de topo. Acho que agora me foco mais nisso porque, por causa da idade, tens de melhorar outras coisas. Estou focado em estar bem mentalmente, fresco. Estou a adaptar-me. Mas claro que nos primeiros anos não estava no topo, mas depois dos 25 anos acho que era semelhante ao que sou agora. Acho que agora estou mais focado nisso porque já não sou extremo. Aprendes com o tempo, com a experiência. Uma coisa que faz a diferença é que podes sempre melhorar. Até na minha idade. Acho que esse é o grande problemas dos jogadores, acham que sabem tudo e não aprendem mais. Os jogadores depois dos 30 anos acabam por cair mas eu sou o oposto. Podem dizer o que quiserem porque às vezes as pessoas que falam de futebol não sabem nada”
Rooney prefere Messi a Ronaldo: “Sem problemas [risos]. Está tudo bem… Boa relação? Quando jogávamos juntos, tínhamos uma boa relação. Estivemos em almoços e jantares. O termo amigo para mim é diferente, mas sim, tivemos uma boa relação. No Al Nassr dou-me bem com todos. Não tenho nada contra ele [Wayne Rooney], ou contra a opinião dele. Está tudo bem. Respeito-o, claro, sobretudo quando jogávamos e partilhávamos balneário no Manchester United. Agradeço-lhe. Se eu o vir, dou-lhe um abraço. Não tenho tempo para estar contra as pessoas”
Marca mais golos porque está na Arábia Saudita?: “São desculpas atrás de desculpas. Ano atrás de ano, vou somando mais golos. Mesmo num mau ano, marquei 25 golos. Se eu jogasse na Premier League agora, numa grande equipa, iria marcar o mesmo que agora. Eu apenas continuo a fazer o meu trabalho. Vou repetir. O campeonato saudita é melhor do que a I Liga portuguesa, bem como a Liga francesa. A Premier League claro que é a melhor. Todos os números contam para os prémios. A Liga saudita não. Por que motivo? Perguntem aos outros jogadores que acham a Liga saudita boa… Já que dizem que só tenho mais golos por estar lá… Para mim, é mais fácil marcar em Espanha do que na Arábia Saudita.”























