Francesco Farioli fez este sábado a antevisão da partida entre FC Porto e Famalicão, relativa à 11ª jornada da Primeira Liga.
Tempo de preparação entre jogos: “Estamos a falar de poucas horas de preparação, mas temos tido um calendário apertado. Mas é possível com o trabalho de todos, o profissionalismo dos jogadores. Amanhã de manhã vamos ter uma sessão no estádio. É normal tentarmos estar bem preparados para um jogo que vai ser difícil e exigente. Sabem o quão bem o Famalicão joga desde que o Hugo [Oliveira] chegou. São uma equipa muito boa em casa. Vai ser um jogo muito exigente e temos de estar preparados e sermos a nossa melhor versão”
O Famalicão: “O adversário está num momento muito bom. Nós, claro, estamos com um calendário apertado. Muitos jogos e isso já foi mencionado. Jogámos oitenta por cento dos últimos jogos fora de casa e estamos a tentar gerir isso. Claro que o nosso desejo é vencer todos os jogos. Até agora, estamos bem. Acho que frente ao Sp. Braga tentámos ter o controlo do jogo, principalmente na 2.ª parte, e contra o Utrecht jogámos um jogo muito bom, com 75% de posse de bola. 50 toques na área adversária… Estou a repetir-me, mas acho que estamos no caminho certo e com algumas coisas para melhorar. Mas também já foram feitas muitas coisas boas. Ainda assim, estamos longe da perfeição e precisamos de tempo para aperfeiçoar algumas coisas”
Não jogar com dois avançados: “O Deniz estava bastante cansado quando saiu, o jogo foi muito exigente. Foi motivo físico e tático. O Gabri, na minha opinião, foi o melhor jogador em campo em várias fases do jogo. E senti que precisávamos dele até ao fim para aparecermos mais na grande área, para ter o passe final, para jogar em espaços curtos. O Deniz até foi usado a extremo contra o Moreirense, por exemplo. Podem existir muitos cenários dependendo do jogo”
Últimos jogos ganhos perto do fim: “O jogo tem 90 minutos, marcar no minuto 1 ou no 90, conta o mesmo… Por vezes, as expectativas são muitas por causa da maneira como começámos. Sentir que temos de ganhar sempre 2-0 ou 3-0… Mas não é assim. No campeonato, na Europa, na Taça, os jogos são muito complicados. Há uns que desbloqueamos cedo, mas noutros temos de lutar e competir até ao fim. Já falei disto algumas vezes, acho que foi construída uma narrativa que não é saudável. Os nossos rivais, bem como os meios de comunicação, querem atirar o FC Porto para baixo. Mas o que nós queremos é ver a equipa unida, estamos nas decisões. Vamos enfrentar as dificuldades como uma família, a família portista. E quando estamos com essa mentalidade, podemos defrontar qualquer adversário em qualquer circunstância. É o momento para estarmos unidos, em que precisamos dos nossos adeptos, para continuarmos a lutar tal como fizemos desde o início da época”
Abordagens diferentes contra Utrecht e Braga: “O que queremos fazer, e o que treinamos, é claro. Para sermos dominantes, ter bola no terço ofensivo, pressionar alto… Somos os melhores em todas as estatísticas relacionadas com a agressividade defensiva. Mas claro que os jogos podem colocar diferentes cenários. E, para mim, uma equipa grande precisa de ter a capacidade de mudar de face consoante o tipo de jogo. Contra o Sp. Braga, se tivéssemos sido mais eficazes, poderíamos ter feito dois ou três golos. Não o fizemos. E depois, com a coragem e a maneira do Sp. Braga jogar, obrigaram-nos a defender mais baixo. Mas mesmo assim, senti que o espírito de equipa esteve lá, algo que tem de estar no ADN do FC Porto. Precisamos de uma flexibilidade que nos permita ser camaleónicos. E a isso não chamo falta de identidade, chamo capacidade de nos adaptarmos. Se formos pelos estudos, vemos que as equipas bem-sucedidas são as que se adaptam aos diferentes cenários”
Famalicão forte nas bolas paradas: “O Famalicão é uma equipa que tem mais de 50% de golos nas bolas paradas. Têm qualidade em jogo aberto, jogadores com certas caraterísticas que podem criar perigo. Mas, nas bolas paradas, são muito bons. Temos de ter muita atenção. Claro que há combinações diferentes que tentamos estudar, mas vão preparar outras coisas e precisamos de estar preparados. O golo contra o Utrecht é uma boa oportunidade para estarmos alerta, e para ganhar novamente a confiança para defendermos esses momentos da maneira certa”
De Jong disponível?: “Esperamos que sim, ele e o staff estão a fazer um trabalho fantástico. Já começou a treinar no relvado, a fazer algumas sessões com bola. A reação é positiva, apesar de ainda ter algumas dores. Esperamos que depois da paragem para as seleções volte a estar com a equipa e a poder treinar e jogar connosco”.























