Casemiro abriu o coração e falou de quase tudo, numa entrevista à Globoesporte. O médio brasileiro do Manchester United elogiou Cristiano Ronaldo e Neymar, falou do seu renascimento no Manchester United de Ruben Amorim, e do Mundial de 2026 com o Brasil. A reforma, essa está perto. Casemiro tem 33 anos, mas só quer pensar um dia de cada fez.
Fim da carreira aproxima-se: “O futebol é a minha vida. É inevitável, mas acho que a minha esposa e a minha família vão querer um tempinho para eles, sim. Sou dos que pensam que na vida tens de ter um plano, mas eu sou dos objetivos curtos. É inevitável pensar em chegar bem ao Mundial, mas não podes querer chegar bem ao Mundial não estando bem no Manchester United. Na próxima convocatória, tenho que estar bem. Eu penso dia a dia: é amanhã fazer um bom treino, no final de semana fazer um grande jogo e assim por diante.”
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Brasil e o Mundial 2026: “Vamos chegar muito fortes. Ainda estamos um pouco atrás em termos de tempo de trabalho, principalmente se vires os dias de trabalho do mister Ancelotti, não é igual às outras seleções, que já vêm com ciclos diferentes. Se fores analisar em dias, vamos falar de 30, 40 dias dele connosco, mas estamos num bom momento, porque temos jogadores de qualidade, temos jogadores de alto nível. Em conjunto com o mister, com a experiência que ele tem no futebol, também é um fator muito importante… É uma pessoa que consegue unir o grupo, não só os jogadores, mas todos.”
Brasil é favorito? “Não acho que estejamos abaixo dessa prateleira, até porque somos o Brasil. Temos jogadores que jogam em qualquer seleção, em qualquer equipa do mundo. Estamos bem servidos de jogadores. Acho que temos jogadores para competir. Quando falo de estar atrasado, França, Portugal, Espanha estão no ciclo com o mesmo treinador, com uma filosofia muito direta, há muito tempo juntos. Temos grandes jogadores em toda a Europa e em todos os melhores clubes do mundo.”
Neymar foi dois melhores com quem jogou? “Tive o prazer de jogar com craques. Joguei com o Cristiano na melhor fase, em que tudo que ele tocava era golo. Joguei com o Luka Modric, Toni Kroos, Marcelo, Bale, Benzema… Estamos a falar de mais de dez Bolas de Ouro. E é inevitável colocares o Neymar nessa lista. Cada um faz o que quer dentro e fora de campo. O meu estilo de vida é outro, mais reservado, mas não podemos dispensá-lo se ele estiver bem. Se ele está bem fisicamente, mentalmente, ele é o melhor. Eu sou um grande adepto dele como jogador.”
Brasil precisa de Neymar? “Conheço o Neymar desde os 12 anos, quando ele jogava no Santos e eu no Moreira. Sempre foi muito, muito diferente, pode decidir a qualquer momento. É um privilégio dizer que eu joguei com o Neymar. É incrível no dia a dia, conheço muito bem o staff dele, como ele trabalha. Não pode ser coincidência tudo que ele fez para o futebol, não podes ser assim só com o dom, tem que ter o trabalho, tem que ter a dedicação. Se eu tenho que me desdobrar dentro do campo para ele dar o último passe, fazer o golo, eu faço. No Mundial 2022, o pessoal perguntava: ‘o Neymar é o craque da equipa?’. Aí eu respondia assim: ‘se tem um penálti, no último minuto, na meia-final, quem vai bater?’ Eu acho que o Neymar é irrecusável para qualquer um, mas sabemos que ele tem que estar bem. Cabe muito mais a ele saber o que fazer e o que não fazer, mas precisamos dele.”
Messi preparou-se para dar o Mundial 2022 a Argentina: “A Argentina fez isso com o Messi. Volto a dizer: os três melhores do mundo [Messi, Cristiano e Neymar], podes colocar o Neymar e fazer isso. Não é que o Neymar vai ficar parado e nós a correr. Isso não existe, mas a Argentina fazia isso. O Julián Álvarez descia e o Messi ficava de falso nove. Estavam a defender em bloco baixo e o Messi estava lá parado na frente. A qualidade desses jogadores é irrecusável, não podes desperdiçar, é muito talento. E no futebol hoje a linha entre ganhar e perder é muito fina. Esses jogadores é que saem dessa linha. Contra a Croácia, por exemplo, o Neymar, numa ação, fez um golo e pronto: solucionou o problema do Brasil naquele momento. O jogo estava trancado, difícil, e no momento [de inspiração] ele fez um golaço e pronto, ficou 1-0 para nós.”























