A construção de um novo estádio é apenas uma peça de um plano mais amplo que o Inter Milão está a delinear para encurtar a diferença para os clubes da Premier League. A garantia foi dada por Giorgio Ricci, diretor de receitas do clube italiano, durante a edição de 2025 da Web Summit, que termina esta quinta-feira em Lisboa.
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Ricci admitiu que o atual San Siro — partilhado com o rival AC Milan — já não responde às exigências do futebol moderno, nem às ambições de uma cidade com o peso económico de Milão. “O recinto que temos não é suficiente. Precisamos de mais e melhores espaços para empresas e convidados. Uma cidade como Milão deve ter um estádio que sirva não só o desporto, mas também grandes eventos, moda, entretenimento e negócios”, defendeu o dirigente.
A mudança começou oficialmente a 5 de novembro, quando Inter e AC Milan concluíram a compra do Giuseppe Meazza à autarquia por 197 milhões de euros. O negócio abriu caminho para a demolição do recinto e para o avanço do projeto de um novo estádio, com capacidade estimada em 71.500 lugares, pensado para acolher jogos do Euro 2032, coorganizado por Itália e Turquia.
Infraestruturas, o grande diferencial
No mesmo painel, dedicado ao tema Investimento no futuro do futebol, Fausto Zanetton — fundador da Tifosy Capital e administrador do Inter desde 2024 — reforçou que a diferença entre Serie A e Premier League vai muito além dos direitos televisivos. “Os clubes ingleses maximizam outras linhas de receita: patrocínios, bilheteira, vendas. Investir em infraestruturas é essencial para competir com eles”, sublinhou o empreendedor, cuja empresa já trabalhou com clubes como Veneza, Norwich ou QPR.
Ricci concordou e destacou que a prioridade passa por garantir estabilidade financeira, sobretudo depois do Inter ter apresentado lucro (35 milhões de euros) pela primeira vez em vários anos. “Somos um clube histórico, com enorme carga emocional. O foco é alcançar sustentabilidade. A concentração do poder no futebol deixa espaço apenas para poucos clubes, e nós queremos manter-nos nesse grupo.”
A Web Summit 2025 encerra hoje depois de reunir mais de 70 mil participantes, 2.500 startups e mais de mil investidores na capital portuguesa. O evento, que arrancou em Lisboa em 2016, está garantido até 2028.























