Inglaterra tem sido um dos países que mais tem contribuído para a evolução do futebol feminino. O acesso igualitário ao futebol nas escolas tem sido uma das bandeiras levadas a cabo pela Federação Inglesa de Futebol e os resultados não podiam ser mais positivos.
Um dos objetivos do organismo era oferecer às meninas um acesso igual ao futebol nas aulas de educação física em 90% das escolas. Ora, a meta era atingir estes números em 2028, mas já foram alcançados este ano, tal como refere a ‘BBC’. O organismo inglês dá conta de que os 90% atingidos se refletem nos ciclos entre os 7 e 11 anos e entre os 11 e 14 anos.
– Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt –
A estratégia da federação pretende que meninas e mulheres possam ter as mesmas oportunidades na prática do futebol e as escolas são o primeiro passo para chegar à meta. A Federação Inglesa fez questão de revelar que existem 2,6 milhões de meninas com a mesma possibilidade de acesso ao futebol durante as aulas de educação física, refletindo um aumento de 31% desde 2020/21.
A rede ‘Barclays Girls’ Football in Schools’ apresenta resultados significativos, uma vez que começou há seis anos com um total de três mil escolas como parceiras. Em 2025, já existem 20.202 escolas inscritas.
“Nunca se tratou de as raparigas se tornarem as próximas Lionesses, mas sim de normalizar o facto de as raparigas jogarem futebol, tal como os rapazes. Trata-se de igualdade”, referiu Ian Wright, antigo jogador inglês e embaixador do ‘Barclays Football’.
Também a diretora do desenvolvimento da Federação Inglesa teve uma palavra a dizer em relação a este tema, reiterando os objetivos do organismo.
“Nenhuma rapariga deve enfrentar barreiras para jogar futebol na escola. Essa convicção levou-nos a estabelecer metas ambiciosas e a promover uma mudança cultural em que as raparigas tenham o mesmo acesso e oportunidades que os rapazes”, afirmou Stacey Mullock.
Ainda assim, o organismo inglês garante que ainda há muito trabalho a fazer, principalmente entre os 14 e 16 anos. A Federação refere que há adolescentes que se inibem de praticar desportos coletivos devido a inseguranças, nomeadamente em relação ao “corpo e algumas perceções negativas”.
Depois de ter atingido a meta três anos mais cedo, os ingleses apontam agora a uma maior igualdade de oportunidades ao futebol nas atividades curriculares, passando dos 83% para 90% até 2028.
É de recordar que o mediatismo das Lionesses em Inglaterra, e não só, tem levado a que muitas jovens olhem de forma diferente para o futebol praticado por mulheres. A conquista do Europeu 2022, que se realizou em Londres, mudou a perceção do país em relação ao que ainda é preciso fazer para a evolução do futebol no feminino. De tal forma, que a seleção inglesa fez questão de promover a igualdade de acesso à modalidade para todas as meninas, através de uma carta enviada à líder do Partido Conservador (Liz Truss e Rishi Sunak, à data).























