José Mourinho antecipou, esta quinta-feira, o embate contra o Atlético a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. O treinador dos encarnados comentou vários temas, tais como a lesão de Lukebakio com uma curiosa alusão ao mercado de Setúbal, a arbitragem que tem estado debaixo de ‘fogo’ no futebol português e ainda o interesse em Rafa.
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Reencontro com o Atlético e situação de Lukebakio e disponibilidade de Manu: “Todos os jogadores que vieram das seleções em condições dar o seu contributo. Manu está a treinar sem limitações, está integrado. Mas algo é treinar outro é jogar.O Atlético, para gente da minha idade que começou a ir campos de futebol… Acho que ainda nem sabia sequer caminhar. O Atlético significa. Se olharmos para os anos do Atlético na primeira divisão e para a minha idade. Até me recordo de ver o meu pai jogar na Tapadinha. Para a minha geração, o Atlético é o daquele tempo e não este que viveu as últimas décadas em dificuldades. É bonito e honestamente preferia que o jogo fosse na Tapadinha, pelo significado. Mas ser em Belém, num dos estádios mais bonitos do futebol português, e muito perto de Alcântara, será uma noite bonita de futebol, espero. Obviamente não esperando dificuldades, mas esperando ganhar”.
Situação de Andreas Schjelderup depois da condenação e eventual interesse em Rafa Silva “Não posso falar de jogadores de outros clubes, não posso. Não vou fazer qualquer comentário. Alguns colegas seus já fizeram um desenho, a dizer que não gosto do feitio do Rafa Silva. Não posso falar de alguém que não conheço”.
“Andreas Schjelderup? Errou, foi a tribunal e foi condenado. Não é uma condição que o impeça de exercer a atividade profissional e quem aceitou que errou e quem aceitou a condenação, é um passo importante, para não esquecer. Tem que continuar com a sua vida, sendo menos ingénuo e aprendendo com uma experiencia negativa. Tem que continuar a crescer e ser positivo”.
No final do empate com o Casa Pia, Rui Costa pronunciou-se sobre a arbitragem, e disse ainda que a equipa tem que dar mais.
“O treinador vai comentar as palavras do presidente e eu vou comentar as palavras, eu? Não.”
Lesão do Lukebakio aumentam a necessidade do ir ao mercado? “Joga outro. É tão simples quanto isso. Não há muito a dizer. O único mercado que eu conheço que está aberto amanhã é o do Livramento, em Setúbal. Bom peixe, boa carne, boa fruta, bons legumes, gente boa e gente simpática. É o único que conheço. Em Lisboa e outras cidades haverá mercados bonitos abertos. Mercado de futebol não conheço nenhum. Se estou contente com a lesão de Lukebakio? Obviamente que não estou contente com a sua lesão. Se chorei ontem com os resultados dos exames? Não chorei nada. É andar para a frente. Não joga ele, joga outro”.
Queixas do FC Porto ao CA e críticas a arbitragem no encontro com o Casa Pia
“Não estou a analisar os jogos do FC Porto para dizer efetivamente a verdade. Desde que jogaram contra o Benfica, não voltei a ver o FC Porto. A próxima vez que jogaremos com o FC Porto, eventualmente, será na Taça da Liga. Não se aproxima esse jogo e não estou nada preocupado em ver o FC Porto jogar. Essas alegações nem são problema meu. O que disse depois do jogo com o Casa Pia, diria exatamente o mesmo agora. Fiz as críticas que devia fazer à minha equipa. Quando as faço, estou implicitamente a criticar-me a mim mesmo porque sou eu o treinador. Há um erro gigante. Ouvi as explicações do doutor Duarte Gomes em relação à atuação do VAR e tenho de as respeitar. Mas é melhor acabarmos com o VAR. Se não pode dizer nada quando há um erro daquela dimensão.”
Alguns ainda não perceberem bem o que é o Benfica, como disse?
“Acho que é normal. Apesar de ter estado fora de Portugal nos últimos 20 anos, dá-me a sensação que nos outros clubes os jogadores têm tempo de conhecer, de se adaptar, de falhar, de não jogar bem, de não render, de ter alguns pontos de interrogação à frente do seu nome. O Benfica é o Benfica, é diferente. E são também vocês que o fazem diferente. Os jogadores, quando chegam aqui, não têm esse tempo que normalmente lhes é dado. E tempo a todos os níveis, inclusive a conhecer a dimensão do Benfica. Do nível de exigência. Mas o conhecimento profundo da história do Benfica, do que os adeptos esperam. E digo os adeptos, não os pseudo-adeptos, porque há alguns misturados a fazer de conta que são jornalistas, e é importante que saibam. Falámos hoje sobre isso, analisámos o jogo com o Casa Pia nas vertentes que dependem de nós. Porque aconteceram coisas que não dependem de nós. Os erros que cometemos, o que temos de melhorar, foi hoje o primeiro dia em que estivemos todos juntos e falámos sobre o que é ser Benfica e do tipo de atitude, mentalidade que está, muitas das vezes, num plano superior ao que é a qualidade. Conversámos, da mesma maneira que treinámos. Pouco tempo para os dois, mas é o que procuramos fazer”.
Situação física de Sudakov: “Posso adiantar que o Benfica tem um departamento médico. E é com esse departamento que trabalha. É no departamento médico do Benfica que tenho confiança total. Se um dia essa confiança total se tiver de transformar em parcial, também lhes direi e vice-versa. Neste momento, a nossa relação é de confiança recíproca. O que diz o meu colega, treinador da seleção da Ucrânia, a federação, aquilo que especulam os sabichões que sabem tudo… Eu não. Limito-me a reunir com os chefes clínicos do nosso departamento. Fi-lo no início da semana, tenho feito todos os dias. Hoje voltei a reforçar todas as perguntas antes de fazer a convocatória. E a explicação é muito clara da parte deles: o jogador tem zero risco. Há zero risco relativamente a essa hipotética lesão muscular. Está convocado e vai a jogo”.























