André Villas-Boas deu início à gala Dragões de Ouro com um discurso de celebração do evento, afirmando que o mesmo traduz o é “ser portista”. O presidente do FC Porto enalteceu os valores do clube como sendo “o trabalho, a exigência, o rigor e a transcendência”.
Por isso, lembra a cultura de vitória de muitos anos. De seguida, Villas-Boas fez questão de evocar a memória de figuras ligadas ao clube que partiram recentemente. O primeiro a ser recordado foi Jorge Nuno Pinto da Costa.
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“Nos últimos meses, o FC Porto perdeu duas grandes figuras que na sua história marcaram profundamente a nossa vida associativa. Partiu Pinto da Costa, o presidente dos presidentes, o homem que transformou este clube numa referência mundial, que acreditou sempre que o FC Porto podia ser muito maior e que nos guiou em décadas de conquistas, à data de hoje, as mais importantes do futebol português. Jorge Nuno Pinto da Costa foi o maior dirigente desportivo do futebol mundial e o maior presidente da história do FC Porto”, afirmou o atual presidente dos dragões.
De seguida, Jorge Costa foi lembrado como “um exemplo de coragem, de lealdade e de paixão”.
“Partiu também o nosso querido Jorge Costa, o nosso Bicho, capitão e dirigente, exemplo de coragem, de lealdade e de paixão pelo emblema; de um amor profundo pelo seu clube, pelas tradições do Porto e do FC Porto. Formado na casa, jogador da casa e veículo transmissor de energia, de nobreza e de alegria. ‘Adoro isto, adoro o balneário’, dizia Jorge Costa. Se há alguém que nos inspira como ninguém, és tu, meu querido amigo Jorge”, prosseguiu.
Diogo Jota e André Silva também foram mencionados, tendo André Villas-Boas afirmado que “partiram demasiado cedo”, mas lembra o “rasto de orgulho que deixaram”. O dirigente portista garantiu que as perdas “doem”, mas levam o clube a ser mais forte.
“Estas perdas doem. Tocam-nos como portistas e como pessoas. Mas, ao mesmo tempo, obrigam-nos a olhar para o legado que deixaram e a transformá-lo em responsabilidade. Sem memória, não há história. Sem memória, não há futuro.”
Por fim, André Villas-Boas apontou o discurso ao futuro.
“Se queremos um FC Porto forte, moderno e preparado para os desafios da próxima década, temos de ser capazes de parar, lembrar, refletir e agradecer. Cada vez que uma equipa nossa entra em campo, em qualquer modalidade e escalão, traz consigo um pedaço da história que estas pessoas escreveram. E cada criança que hoje veste pela primeira vez a nossa camisola herda, talvez sem o saber, uma responsabilidade que vem de longe e que se prolonga no tempo graças a estes grandes homens”, concluiu.























