Declarações de Rui Borges, treinador do Sporting, na antevisão do jogo com o Bayern Munique, da 6.ª jornada da Liga dos Campeões.
Jogo difícil: “A dificuldade é imensa, vamos jogar contra a melhor equipa da Europa. Pessoalmente digo que, nos últimos anos, deve ser das melhores equipas a nível mundial. Além do individual, tem uma parte coletiva que foge da caixa, o que dificulta.”
Desafio enorme para o Sporting: “Eu gosto, porque cresci assim. O jogo é muita mobilidade. Grau de dificuldade enorme, grande equipa, grande treinador. Vamos fazer o melhor para disputar o jogo e tentar ganhar. Esse é o objetivo, dentro das dificuldades. Vamos dignificar ao máximo o Sporting na procura da vitória.”
Gerir por causa das baixas: “Aqui não há gerir. São ausências, é colmatá-las. Não vamos fugir à ideia de jogo. Em alguns momentos estaremos num bloco mais baixo, temos de estar cientes disso. Até o próprio Arsenal passou metade do jogo em bloco médio/baixo e fez dois golos em contra-ataque. O futebol é isso e temos que ter capacidade para respeitar quem está do outro lado. Estes jogos tornam-nos melhores.”
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Situação das lesões no Sporting: “O Trincão está inapto. O Pote sentiu desconforto e ficou inapto e o Quenda por alguns jogos. Inácio e Geny em dúvida, Vagiannidis também em dúvida. Inácio e Geny devido ao jogo com o Benfica e Vagiannidis com traumatismo.”
Muitas lesões baixam expetativas? “O ano passado fomos campeões e empatámos em Dormtund com sete jogadores da equipa B. Vamos jogar com 11. Claro que são jogadores importantes. O Trincão e o Pote estavam nas melhores épocas individuais e isso dita a importância deles. A maioria é tudo traumático e há coisas que não conseguimos controlar. O futebol está evoluído. Temos que tentar minimizar os problemas. Queria ter toda a gente? Queria, mas não me lamento. Vamos ser competitivos com os jogadores que temos.”
Lesão de Quenda pode levar Sporting ao mercado em janeiro? “Vou arranjar sempre soluções. Maxi, Mangas, que comigo no Vitória SCS fez de extremo, Blopa… Há jogadores que podem fazer essa posição [do Quenda]. Não vou falar de mercado. Não vou estar a pensar nisso e lamentar. O Quenda estará ausente alguns jogos, está a ser avaliado, mas não posso entrar em detalhes.”
Situação de Ioannidis: “O Ioannidis esteve parado e já enalteci o profissionalismo dele. Serve de exemplo a resiliência dele. Como treinador, é destes que quero sempre. Perdeu forma e não está preparado para muitos minutos. Não está na melhor forma.”
Regresso de Daniel Bragança: “Ficamos todos felizes. Viajou connosco, o que é importante. Claro que vai demorar tempo a adquirir forma e confiança. É uma contratação de janeiro”.
Mourinho disse que Hjulmand é intocável: “Não vou falar do jogo com o Benfica, vocês responderam por mim em relação às estatísticas. Não preciso de falar muito nem defender Hjulmand, um grande capitão e provavelmente o melhor jogador do campeonato português.
Jogo com Bayern Munique: “Não somos favoritos, já não o éramos com a equipa toda. O Bayern ainda não perdeu em casa. A última derrota em casa é com o Inter, em maio ou abril. Vamos ter muitas dificuldades. Seria hipócrita se dissesse que era 50-50… esqueçam isso. Dentro do nosso coletivo, tentaremos ser o melhor possível nos momentos ofensivos e sermos eficazes. Podemos não ter tantas oportunidades como gostamos, por isso temos de ser rigorosos e focados.”
Assinava por baixo se lhe dessem um empate? “Não assinava, quero ganhar ganhar. Termos sido campeões com muitos miúdos mostra a ambição do treinador. Eles têm dado resposta e acreditam na palavra do treinador. É o que quero e sinto. Quero ganhar sempre e vou fazer tudo para ganhar. Posso não conseguir e não há ninguém que ganhe sempre, mas quero ganhar.”
Maiores diferenças no Sporting e em Rui Borges: “O Sporting está diferente, mais à imagem da equipa técnica do Rui Borges. Eu tenho uma ideia e dentro dela construir coisas dentro das individualidades. É esse crescimento que temos demonstrado nas provas europeias e internas. Esse crescimento é notório e é muito diferente do Sporting do ano passado. No treinador? Mudou muito, também na equipa técnica, são tão importantes quanto eu. Quando corre mal também são culpados. Ao treinar o Sporting temos que pensar coisas diferentes. A nossa carreira tem sido gradual e aconteceu tudo muito rápido, mas a aprendizagem é diária. Daqui a 10 anos será igual. O que sentimos é que temos crescido bastante. O desafio da Champions também é diferente. No ano passado começámos na Conference League onde batemos o recorde de vitórias do treinador português. Esta época temos demonstrado crescimento enquanto equipa técnica nestes grandes desafios.”
O Bayern Munique-Sporting, da 6.ª ronda da fase liga da Champions League, está marcado para às 17h45 de terça-feira, no Allianz Arena, em Munique.























