Jim Ratcliffe continua a avançar com o plano de redução de despesas no Manchester United, numa estratégia assumida para libertar recursos financeiros que permitam reforçar o plantel orientado por Ruben Amorim. A mais recente medida em estudo, contudo, está a causar inquietação em Old Trafford e já provoca reação nos bastidores do clube.
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Segundo revela a edição deste sábado do The Sun, o empresário britânico, líder do grupo INEOS e homem mais rico do Reino Unido, está a analisar a possibilidade de entregar o serviço de alimentação do estádio a uma empresa externa. A solução passa pela contratação de um operador especializado em ‘catering’, o que poderá implicar uma profunda reestruturação de um departamento que, até agora, permanece interno.
Nesse sentido, Ratcliffe já terá iniciado conversações com a Levy, empresa pertencente ao consórcio Compass Group, com vista à celebração de um contrato de ‘outsourcing’ de elevado valor. A perspetiva de mudança gerou receios entre os funcionários ligados ao serviço de restauração do clube, que temem que a decisão possa resultar em despedimentos coletivos.
Uma fonte ligada aos ‘red devils’ admite a apreensão existente. “Os funcionários estão preocupados com a possibilidade de perderem os seus empregos. O clube tenta explicar que, por lei, qualquer acordo deste género tem de salvaguardar os postos de trabalho, mas há quem sinta um enorme orgulho em trabalhar diretamente para o Manchester United”, revelou.
A direção reconhece que o tema é sensível, mas procura relativizar o impacto da decisão. “Isto não tem a ver com cortes de empregos. Trata-se de perceber qual é o melhor modelo de ‘catering’ para o clube e para os adeptos. Somos um dos dois únicos clubes da Premier League que ainda não recorre ao ‘outsourcing’ nesta área, por isso faz sentido estudar essa possibilidade”, sublinha uma fonte oficial.
A alimentação sempre teve um peso simbólico em Old Trafford, ao ponto de ter ficado ligada a um dos episódios mais icónicos da história recente do clube. Em novembro de 2000, após um triunfo por 1-0 frente ao Dínamo Kyiv, na Liga dos Campeões, Roy Keane criticou duramente o ambiente no estádio, cunhando a expressão “brigada das sandes de camarão” para apontar a falta de apoio nas bancadas.
Enquanto a polémica cresce fora das quatro linhas, Ruben Amorim mantém o foco na vertente desportiva. O treinador português prepara a receção ao Bournemouth, referente à 16.ª jornada da Premier League, marcada para segunda-feira, às 20h00 (hora de Portugal Continental), em Old Trafford, num encontro que será dirigido pelo árbitro inglês Simon Hooper.























