Claudio Tapia, presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), está no centro de uma investigação judicial que pode ter repercussões graves no futuro imediato do futebol argentino, incluindo na participação da seleção campeã do mundo no Mundial’2026.
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De acordo com a edição deste sábado do jornal espanhol Marca, as autoridades argentinas estão a apurar um alegado enriquecimento repentino do dirigente, conhecido como “Chiqui”, num processo que envolve também pessoas do seu círculo mais próximo. Entre os nomes referidos estão os assistentes Luciano Pantano e Ana Lucía Conte, cujas ligações a Tapia estão igualmente sob escrutínio.
No âmbito da investigação, uma propriedade de luxo registada em nome destes dois colaboradores foi alvo de buscas, reforçando as suspeitas em torno da origem dos fundos utilizados e da eventual existência de irregularidades financeiras associadas à liderança da AFA.
Segundo o diário argentino La Nación, o caso está a ser acompanhado com particular atenção pela FIFA, uma vez que qualquer indício de interferência política ou de gestão irregular pode desencadear sanções severas. “A justiça quer determinar se existiu enriquecimento ilícito, enquanto a FIFA observa atentamente para evitar uma eventual intervenção política, cenário que poderia mesmo levar à exclusão da Argentina do próximo Mundial”, escreve o jornal.
O torneio de 2026, recorde-se, será organizado conjuntamente por Estados Unidos, Canadá e México, e a eventual ausência da Argentina — atual campeã do mundo — teria um impacto desportivo e mediático significativo.
Para já, Tapia não se pronunciou publicamente sobre as suspeitas, mas o caso promete desenvolver-se nas próximas semanas, numa altura em que a AFA enfrenta um dos momentos mais delicados da sua história recente fora das quatro linhas.























