Portugal perdeu em Dublin contra a Irlanda por 2-0 e voltou a adiar o apuramento direto para o Mundial 2026. A seleção das quinas fez uma exibição pouco conseguida e os jogadores portugueses não esconderam a frustração no final do jogo.
Bernardo Silva explicou o que correu mal e não escondeu as falhas da equipa lusa. Para além disso, garantiu que é preciso vencer contra a Arménia para evitar fazer contas ao futuro.
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Ruben Dias reconheceu que Portugal não podia ter concedido os dois golos da Irlanda e afirmou que a equipa não soube manter o discernimento. O defesa disse que a bola não quis entrar.
Também Ruben Neves deixou críticas à primeira parte, nomeadamente nos momentos de transição. Ainda assim, o médio do Al Hilal lembra que Portugal só depende de si para se qualificar em primeiro lugar no grupo.
Leia as declarações completas
Rúben Neves
“Um jogo complicado, sabíamos que ia ser difícil. Já o tínhamos sentido um bocadinho a jogar em nossa casa contra esta equipa. Sabíamos que aqui, o efeito casa deles ia ser importante, mas o jogo correu-nos da pior maneira nos primeiros minutos. Sofremos dois golos e tudo se torna mais difícil. Duas situações que sabíamos que iam ser perigosas e estávamos preparados para isso. Não estivemos bem, tanto na bola parada, como nas transições, principalmente na 1ª parte. Não conseguimos parar as transições da Irlanda, o que nos causou alguma intranquilidade. Depois demos o máximo para conseguir chegar ao golo, contra uma equipa extremamente física, muito bem fechada no seu bloco baixo, muito difícil de entrar. São coisas que nunca queremos que aconteçam, mas infelizmente no futebol podem acontecer. Estamos numa situação boa, porque só dependemos de nós para estar no Mundial.”
Rúben Dias
(Sport TV) Exibição: “Acabámos por conceder dois golos que não podem acontecer e tiram muita confiança no jogo. Sabíamos que eles se iam fechar num bloco difícil de penetrar. Viu-se no jogo em casa, não é fácil criar ocasiões. Os golos tiraram-nos muita tranquilidade. Ainda assim tentámos, de várias maneiras e podíamos ter feito [golo]. Na 2ª parte voltámos a ter bastantes boas ocasiões, mas não era um dia que a bola estava a querer entrar. Olhar para frente, pensar positivo, temos um jogo decisivo em nossa casa, com os nosso fãs e no Porto, um estádio onde gostamos de jogar e a energia tem de estar toda em vencer esse jogo”.
(Sport TV) Tudo correu mal?: “É óbvio que as coisas se complicaram cedo e é difícil ter discernimento para manter a tranquilidade e confiança. Mas temos de ter essa capacidade. De certa forma a equipa tentou, conseguimos continuar a jogar e a procurar espaços. Na 1ª parte concedemos transições que não devíamos, mas acima de tudo continuámos a lutar até ao fim mas, de facto, talvez se adeque que hoje não era um dia fácil”.
(RTP) o que correu mal: “Foi um jogo menos bem conseguido acima de tudo pelo resultado. Tivemos bola o jogo todo, já sabíamos que eles iam optar por defender baixo, num bloco dificil de penetrar. Acabaram por fazer golo num canto que nos tirou um bocado a confiança. Depois o segundo golo ainda mais confiança tirou. Tentámos cumprir ao máximo com o processo, com cruzamentos, com jogo por dentro, por fora, mas não é fácil entrar naquela estrutura. É essa a minha ideia, a bola hoje não quis entrar”.
(RTP) Expulsão de Ronaldo: “Não vi bem. Nem sequer vi a segunda repetição, por isso não sei”.
Bernardo Silva
Explicação: “Foi um jogo difícil, em que a Irlanda nos deu o controlo jogo, nos deu bola. A Irlanda procurou ser muito direta, procurou o contra-ataque, as bolas paradas. É mérito deles, mas também demérito nosso. Foi um jogo que se tornou bastante complicado, em que não conseguimos controlar as transições. Na primeira bola parada, fazem golo e nunca conseguimos ser muito eficientes, não conseguimos meter muita gente em zona de finalização, fomos sempre muito previsíveis. Contra uma linha de cinco, contra equipas assim tão físicas não é fácil. É talvez o mais difícil no futebol, eu estou habituado a jogar contra este tipo de equipa no meu país.”
Ansiedade é uma das razões: “Não diria. Claro que queríamos ganhar, garantir já a qualificação para o Mundial, mas este grupo de jogadores joga ao mais alto nível e não fica assim tão ansioso tão facilmente. Foram questões técnico-tácticas que não nos correram assim tão bem.”
Objetivo é vencer para evitar fazer contas: “Sim, sem dúvidas. Vamos jogar para ganhar, hoje jogámos para ganhar, mas não conseguimos. Estamos tristes, desiludidos. O futebol é assim, mérito do adversário. Tem uma grande organização e já nos criou grandes dificuldades. Mas agora vamos ao Porto garantir a nossa qualificação e vamos conseguir isso.”























