As ações da Benfica SAD fecharam hoje a valer 4,39 euros na bolsa de Lisboa, um valor máximo dos últimos três anos.
Pelas 17:00 (hora de Lisboa), os títulos da Benfica SAD avançavam 5,02%, em comparação com a sessão anterior, para 4,39 euros.
Na abertura da bolsa, as ações da Benfica SAD estavam a valer cerca de 3,90 euros.
Foram negociados na sessão de hoje 27.745 títulos.
Nas primeiras três posições do campeonato de futebol masculino estão ainda as SAD do Sporting e do Porto, que são, igualmente, cotadas em bolsa.
Os títulos do Sporting – que é líder face à vantagem no confronto direto com o Benfica – fecharam hoje a perder 4,76%, relativamente ao fecho da sessão anterior, para um euro.
Já as ações da SAD do Porto fecharam a valer 0,95 euros, menos 7,28%.
Hoje, em entrevista ao Jornal de Negócios, o maior acionista individual da Benfica SAD, José António dos Santos, que detém direta e indiretamente 16,38% do capital, disse que a vender os títulos encarnados e brancos só se vendesse tudo e “no mínimo” a 12 euros por ação. “Isto ao dia de hoje, porque amanhã pode não ser assim”, escreve o jornal.
Na quarta-feira, dia 07 de maio, o Benfica anunciou que vai requerer a nulidade do leilão que permitiu a um licitante adquirir as ações detidas pelo antigo presidente Luís Filipe Vieira na SAD ‘encarnada’, pelo valor de 7,07 euros.
“O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros”, referem os ‘encarnados’, em nota divulgada no seu ‘site’ oficial.
Contudo, o Benfica assinalou que, “até ao momento, não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência, pelo que, cautelarmente, já requereu a nulidade da venda”.
Em 05 de maio, o clube da Luz anunciou a intenção de adquirir as ações correspondentes a 3,28% da SAD ‘encarnada’ que foram penhoradas ao antigo presidente Luís Filipe Vieira no âmbito de um processo executivo.
“O Sport Lisboa e Benfica informa os seus sócios e adeptos que tem vindo a acompanhar ao longo dos últimos meses com toda a atenção e rigor o processo executivo onde foram penhoradas ações detidas por Luís Filipe Vieira. Nesse sentido, comunicou atempadamente ao tribunal competente o seu direito de preferência sobre as referidas ações no âmbito do leilão previsto”, anunciaram, nesse dia, as ‘águias’.
Adicionalmente, o Benfica vincou que “tudo fará no superior interesse do clube para adquirir esse volume de ações, que representa 3,28% do capital da SAD”.
No mesmo dia, o Jornal de Negócios avançou que o bloco de títulos que estava nas mãos de Vieira iria ser colocado em leilão pela casa de investimentos espanhola JB Capital e que o Benfica ia exercer a sua opção de compra sobre as mesmas.
Segundo o jornal, as ações do antigo presidente do Benfica foram arrestadas pelo Novo Banco em novembro de 2021, em resultado de uma providência cautelar paralela a uma ação executiva na qual o banco reclamava o pagamento de 7,5 milhões de euros de um financiamento feito à Promovalor.
Como a dívida não foi saldada, o Novo Banco acionou as livranças pessoais dadas por Luís Filipe Vieira, entre as quais se incluía a participação na SAD ‘encarnada’.
O leilão decorreu por iniciativa do agente de execução do processo, que mandatou a JB Capital para alienar a referida participação.
A posição de 3,28% corresponde a um total de 753.615 ações.