A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) revelou hoje a suspensão de mais 12 atletas russos por doping, numa decisão que deverá marcar o encerramento de um dos maiores escândalos de dopagem da história do desporto mundial.
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Segundo a entidade, esta é a “última leva” de processos relacionados com os dados do laboratório antidopagem de Moscovo, que foi encerrado há dez anos, após a descoberta de um sistema estatal de manipulação de amostras.
A AIU, criada em 2017 precisamente como resposta a essa crise, indicou que as investigações mais recentes incidiram sobre casos residuais, envolvendo atletas já retirados ou de menor expressão competitiva.
Entre os nomes agora punidos, Elena Kotulskaya, vice-campeã europeia ‘indoor’ dos 800 metros em 2013, é a atleta mais reconhecida. A russa foi suspensa por quatro anos, após três incidentes de dopagem detetados em 2023.
Os restantes casos abrangem disciplinas como marcha, velocidade, saltos e provas combinadas, com alguns dos atletas a reincidirem — quatro deles já tinham sido suspensos anteriormente, e uma competidora enfrenta a terceira sanção da carreira.
As amostras reanalisadas datam de 2013, e os resultados revelaram a presença de esteroides e outras substâncias proibidas.
A AIU sublinhou que, com estas sanções, fica praticamente concluída a revisão dos dados provenientes do antigo laboratório moscovita, encerrando um ciclo de quase dez anos de investigações que abalou profundamente o atletismo russo e levou à exclusão da Rússia das competições internacionais — situação que se mantém, agora também agravada pela invasão da Ucrânia.
Com este capítulo final, o atletismo mundial procura fechar uma das páginas mais sombrias da sua história, reafirmando o compromisso com a transparência e a integridade competitiva.























