O Benfica coroou um dia histórico com uma goleada ao Arouca por 5-0, na 9.ª jornada da I Liga. Depois de terem batido o recorde mundial de maior afluência numa ato eleitoral, os encarnados tiveram uma exibição de gala no regresso aos triunfos.
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O coletivo finalmente apareceu na formação encarnada e esta foi, sem sombra de dúvidas, a melhor exibição da era Mourinho.
Os cinco golos apontados na Luz deram os três pontos às águias, que subiram provisoriamente ao 2.º lugar na tabela classificativa. A formação encarnada aguarda o resultado do Tondela-Sporting para saber em que posição segue para a próxima ronda.
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Largura no ataque e resultados à vista
Para esta partida, José Mourinho optou por mexer no onze com destaque para a entrada de Prestianni. O argentino foi um dos melhores em campo e a ovação que recebeu no Estádio da Luz comprova isso mesmo.
Em relação ao jogo, a exibição encarnada convenceu e uma das maiores mudanças foi o ataque. Lukebakio (esquerda) e Prestianni (direita) deram largura à equipa, bem como profundidade. Para além disso, nota para o envolvimento entre Prestianni e Dahl, que permitiu várias entradas na área, incluindo o lance que deu origem ao 2.º penálti.
É de destacar a presença de Aursnes no lugar de Dedic, que não deu tanto suporte ofensivo, mas compensou com solidez defensiva. O norueguês é mais disciplinado no posicionamento e dá mais confiança aos encarnados do que o bósnio.
Desde o apito inicial que o Benfica se preocupou em tomar conta da bola e apenas permitiu ao Arouca sonhar aos 29′. Após um disparate de Sudakov, Gonzálbez interceptou e teve a oportunidade de faturar na cara de Trubin, mas falhou. Quanto às restantes oportunidades, todas pertenceram às águias e surgiram três golos ainda na 1.ª parte. O primeiro golo surgiu numa grande penalidade, por mão na bola de Van Ee aos 6′. O árbitro mandou jogar, mas o VAR corrigiu e Pavlidis não perdoou.
Aos 21′, Prestianni caiu na área e a Luz gritou em uníssono por penálti, mas novamente Hélder Carvalho mandou seguir. O VAR não concordou e o juiz voltou a apontar para os 11 metros, onde Pavlidis voltou a ser o dono da bola para bisar. O avançado grego bem tentou o 3-0, mas acertou na barra depois de um chapéu aos 42′. Ainda assim, o resultado viria a dilatar-se minutos depois com um cabeceamento ao 2.º poste de Otamendi indefensável para João Valido.
Depois de uma 1.ª parte com uma superioridade indiscutível e sem grande oposição, o 2.º tempo foi mais morno. Contudo, passados cinco minutos do recomeço do jogo, Pavlidis conseguiu concretizar o que já procurava: hat-trick. O grego recebeu de Prestianni e insistiu num remate a meio da área em cheio até ao fundo das redes. O 4-0 acalmou a partida e o Benfica abrandou também na velocidade, procurando gerir o resultado.
Ainda assim, nunca esqueceu o lado ofensivo e continuou à procura de mais. Ao contrário de Pavlidis, João Rego executou com sucesso um chapéu sobre o guarda-redes arouquense, mas estava em fora de jogo. Contudo, o recém-entrado viria a destacar-se ao conquistar mais um penálti para o Benfica. Sem o grego, foi Ivanovic a assumir e não falhou.
Apesar de uma exibição muito bem conseguida das águias com um domínio absoluto, é de destacar que o Arouca nunca se escondeu e não optou por colocar um autocarro na área. A equipa quis chegar-se à frente em busca da redenção, mas o Benfica foi sempre coeso a nível defensivo.
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A figura: Pavlidis
É injusto destacar outro jogador que não Pavlidis. É certo que Prestianni foi o mais ativo e o que mais deu nas vistas, mas o seu ‘prémio’ foi a gigante ovação que recebeu no Estádio da Luz após a titularidade. O avançado grego não teve a sua exibição mais brilhante como noutras partidas, mas voltou a ser a peça determinante que os encarnados precisam.
O ponta de lança foi chamado para bater duas grandes penalidades e voltou a apresentar-se como um exímio batedor, não desperdiçando as oportunidades para colocar o Benfica a vencer por 2-0 aos 21′.
Momento do jogo: Cabeceamento do capitão selou o 3-0
Há vários momentos que podiam ter sido destacados, mas o cabeceamento de Otamendi no período de descontos da 1.ª parte ficou o resultado em 3-0, algo seguro para o que viria a ser a segunda parte. Ao contrário de outros cantos, Lukebakio decidiu enviar a bola para o 2.º poste e lá estava o capitão para saltar e ganhar o lance com um cabeceamento perfeito para mais um golo.
O resultado avultado ao intervalo permitiu que o jogo acalmasse na 2.º parte, com menos velocidade e menos riscos para os encarnados.
Outros destaques
Prestianni – o jovem argentino foi feliz durante o jogo, fruto da garra e do esforço que apresentou desde o primeiro minuto. Prestianni não teve medo de se mostrar a José Mourinho, que apostou na sua titularidade, e a sua prestação foi marcada pela irreverência. O argentino nunca desistiu de cada lance e procurou sempre combinar com os colegas, sendo na maioria das vezes bem sucedido.
Dahl – o lateral nem sempre consegue ser consistente e apresenta algumas lacunas em momentos decisivos, mas teve uma prestação muito segura frente ao Arouca. O sueco combinou muito bem com Prestianni e ofereceu mais profundidade no ataque do que Aursnes no lado direito.
Aursnes – voltou a estar na posição onde era necessário e, mais uma vez, correspondeu com competência e manteve o lado direito da defesa sem sobressaltos. À semelhança do que fez Dahl com Prestianni, o norueguês também se entrosou bem com Lukebakio.























