“Na segunda parte entramos em facilitismos que não pode acontecer. Este jogo tem de servir de exemplo para o futuro. Não podemos ter desculpas de nada, […]não fomos o Sporting que costumámos ser. Não criámos oportunidades, muitos passes falhados, […], deixámos o jogo entrar num ritmo lento. Fizemos o q.b. para ganhar, mas no resto fomos muito apáticos, com falta de intensidade, ritmo baixo,…”
Foi dessa forma que Rui Borges resumiu o Estoril-Sporting, da 7.ª jornada da I Liga. O técnico do Sporting não gostou do que viu dos seus jogadores, principalmente depois de marcarem cedo.
FOTOS: O Estoril-Sporting em imagens
O Sporting foi deixando o jogo arrastar-se, sem acelerar quando devia e podia, sabendo que o Estoril também pouco ou nada podia fazer. Não matou o jogo e, quando assim é, corre-se riscos desnecessários na parte final… que não chegaram.
Só a entrada de Alisson no segundo tempo, perto do final, mexeu com o ataque dos Leões, pouco produtivo na noite de sábado, no António Coimbra da Mota: apenas dois remates enquadrados, num total de nove, explicam bem as dificuldades dos bicampeões nacionais na criação.
O Estoril também pouco ou nada fez. Entrou bem, é certo, mas depois desapareceu ofensivamente, para reaparecer na parte final do 1.º tempo.
Apesar disso, falhou um golo cantado, por Alejandro Marqués, numa oferta de Debast, no 1.º tempo mas, quando tinha de arriscar tudo na parte final para tentar chegar ao empate, nada fez. Pouca gente no ataque, muitas bolas perdidas, tudo muito denunciado. Mesmo assim, fez os mesmos dois remates à baliza que o Sporting conseguiu.
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Ficam os três pontos para o Sporting, a liderança partilhada da I Liga com o FC Porto (ambos com 18 pontos mas o Dragões têm menos um jogo), e uma exibição que pede uma resposta diferente na 4.ª feira, diante do Nápoles em Itália, na 2.ª jornada da fase Liga da Champions.
Momento do jogo: Suárez decide
Aos 12 minutos, o Sporting explorou a largura, com Maxi Araujo, o extremo centrou de primeira na área uma bela abertura de Hjulmand e Luis Suárez disparou também de primeira, para um belo golo.
A figura: Mais um ‘caffetero‘ decisivo em Alvalade
Num jogo não bem jogado, onde as oportunidades escassearam, há que dar mérito a quem conseguiu colocar a bola no fundo das redes, no único remate que Luis Suárez fez enquadrado com a baliza. O colombiano marcou pelo segundo jogo seguido, chegou aos cinco tentos na Liga e voltou fazer o golo da vitória dos Leões, tal como tinha feito diante do Famalicão.
Deu muita luta aos defensores contrários, ao ganhar nove dos 11 duelos que disputou.
Outros destaques: Maxi ajudou, Holsgrove bem tentou
Maxi Araújo fez a assistência para o golo de Luis Suárez, num encontro onde se mostrou muito ativo pelo corredor esquerdo. A nível defensivo, pouco ou nada permitiu aos canarinhos.
Holsgrove bem tentou levar o Estoril para a frente, mas a manta não estica. Foi dele os primeiros dois remates perigosos dos Canarinhos nos últimos 10 minutos do primeiro tempo, o período de maior perigo da equipa da Linha.
Polémica: Golo de Suárez é ilegal? Ficou por marcar um penálti para o Estoril?
O jogo não será lembrado apenas pela baixa intensidade, muito criticada por Rui Borges. Há dois lances que darão azo a muitas conversas de café este domingo e nos próximos dias. O primeiro é a validação do golo de Suárez. Jorge Faustino, comentador Sport TV para questões de arbitragem, entende que o golo do colombiano devia ter sido anulado, por fora de jogo de Pedro Gonçalves. Pote está a tapar a visão do guarda-redes, na altura do remate.
Outro lance que levantou dúvidas aconteceu no segundo minuto da segunda parte, num choque entre Maxi Araújo e Bacher na área do Sporting. No entender do analista de arbitragem da Sport TV, o lateral esquerdo do Sporting atinge o central do Estoril com o cotovelo, de forma negligente, pelo que devia ter sido marcado grande penalidade para os canarinhos.
Reações:
Suárez decide frente ao Estoril e coloca Sporting no topo: “O mais importante era vencer”
VÍDEO: Vejao resumo do Estoril-Sporting