O guarda-redes Ângelo Girão pôs hoje um ponto final na carreira aos 35 anos, após a eliminação da equipa de hóquei em patins do Sporting nas meias-finais do campeonato, sem “palavras para descrever” o que viveu no clube.
“Não tenho palavras para descrever tudo o que vivi ao longo destes anos no Sporting”, declarou, ao microfone e perante as bancadas repletas no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.
A eliminação dos ‘leões’ no quinto jogo das ‘meias’, ante o FC Porto, por 2-1 no desempate por grandes penalidades após 4-4 no prolongamento e 3-3 no tempo regulamentar, ditou o fim para Girão, “eternamente agradecido” ao clube lisboeta.
O guardião de 35 anos, por muitos considerado dos melhores guarda-redes portugueses de sempre, mudou-se para os ‘verdes e brancos’ em 2014, depois de ser campeão nacional pelo Valongo, e na última década tornou-se figura – conquistou três Ligas dos Campeões, dois campeonatos, uma Taça CERS, uma Taça Continental, uma Taça de Portugal e uma Supertaça.
Em declarações à televisão oficial do clube, admitiu o “sentimento de frustração” por terminar desta forma, por sentir que não tiveram “uma pontinha de sorte” quando podiam ter fechado a eliminatória.
“Durante dois anos, fomos melhores do que eles, e acabámos eliminados. Mas durante muitos anos eles foram melhores e nós ganhámos”, lamentou.
Sobre o fim da carreira, o antigo guarda-redes da seleção nacional, por quem conquistou Europeu e Mundial, vê o desporto como “uma página que se fecha na vida”, mas seguindo “com muitas histórias bonitas por escrever”.