François-Xavier Fumu Tamuzo, de 30 anos, antigo futebolista francês que somou 141 jogos profissionais e chegou a alinhar pela seleção francesa sub-20, terminou prematuramente a carreira em 2024, com apenas 29 anos, após uma série de lesões. Na altura, decidiu avançar com uma ação judicial contra a Pfizer, fabricante de vacinas anti-Covid, acusando essas vacinas de estarem na origem dos seus problemas físicos. Acusou igualmente a Federação Francesa de Futebol (FFF) de ter recomendado que os futebolistas profissionais a vacinarem-se.
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Fumu Tamuzo, que em Portugal representou o Marítimo na temporada de 2020/21, foi vacinado em julho, quando já representava os franceses do Laval, e em agosto de 2021 lesionou-se várias vezes nos tempos que se seguiram: sofreu uma tendinopatia no joelho esquerdo, uma rotura do tendão de Aquiles e uma fratura do menisco.
O seu fisioterapeuta ter colocado a hipótese de que a onda de lesões estivesse relacionada com uma “Covid longa” ou com a própria vacina. E foi isso que levou o agora ex-futebolista a interpor então uma ação judicial, exigindo a nomeação de um perito médico judicial e solicitando os serviços de um advogado conhecido por já ter contratado empresas farmacêuticas.
A Pfizer negou qualquer responsabilidade, argumentando que as patologias músculo-esqueléticas eram “normais” entre os jogadores de futebol; e que nenhum dos médicos de François-Xavier Fumu Tamuzo questionou a vacinação.
Os juízes de primeira instância concordaram, sentenciando que “nenhum dos elementos apresentados permite estabelecer a existência de culpa da FFF ou dos laboratórios”.
Tamuzo insistiu, recorreu, mas voltou a perder em recurso, algo que parecia inevitável tendo em conta o despacho proferido em primeira instância. “A temporalidade como único critério não pode ser suficiente para se tornar credível, perante uma simples hipótese de causalidade entre patologias e vacinação”.