A Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) saiu em defesa de Rui Borges, treinador do Sporting, num comunicado em que repudia os comentários de José Manuel Antunes, antigo dirigente do Benfica, recentemente proferidos no canal V+, nos quais referiu que Rui Borges “é uma pessoa que não tem nível intelectual para ser treinador de um grande clube”.
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A ANTF afirma, no referido comunicado, que estes comentários colocam em causa a competência profissional do técnico leonino e afrontam valores fundamentais como dignidade e o respeito.
“Não é propriamente a figura de taberneiro, mas é uma pessoa que não tem nível intelectual para ser treinador de um grande clube. A frase, proclamada num programa de crítica especializada em futebol, num canal nacional aberto, vem na sequência de outras semelhantes, de autores diversos, e fez-se a propósito de um treinador campeão nacional, com praticamente dez anos de carreira, que atravessou e respeitou todos os níveis de formação específica exigidos para a prática da sua atividade”, começa por escrever a ANTF.
“Tal afirmação, consideramos, surgiu de forma absolutamente gratuita, curiosamente, numa semana em que o treinador acabaria elogiado pelo italiano Luciano Spalleti: “O treinador Rui Borges, apesar de jovem, é competente e sabe pôr a equipa a jogar muito bem”. O comentador em causa desconhece, porventura, que ser treinador de futebol implica trabalhar com pessoas, gerir emoções e tomar decisões… sob pressão, o que exige elevada capacidade intelectual e emocional”, acrescenta aquele organismo.
“Reduzir o papel de um treinador à falta de “capacidade intelectual” é faltar ao respeito a toda uma classe profissional, cujo rigoroso processo formativo exige investimento pessoal, conhecimento, estudo permanente e aturada investigação. Os ‘Rui Borges’ do desporto nacional respondem onde realmente importa: no trabalho, na competência, na experiência, na exigência, na gestão do grupo e na mentalidade vencedora que os seus clubes exigem”, diz ainda a ANTF.
“A ANTF reafirma o seu compromisso na defesa de todos os treinadores, promovendo a excelência técnica, o fair-play e o reconhecimento da função que desempenham. A profissão de treinador merece ser exercida em ambiente de respeito, ponderação e segurança. Seguimos focados no essencial, porque alguns preferem o ruído nós preferimos o futebol”, conclui.























