É já esta sexta-feira que o Atlético reencontra o Benfica, num embate entre dois históricos do futebol português. O emblema de Alcântara é um clube com pergaminhos no futebol nacional, especialmente na prova rainha.
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Fundado a 18 de setembro de 1942, fruto da fusão entre o Carcavelinhos Football Club e o União Foot-ball Lisboa, o Atlético nasceu com o intuito de ser “incómodo para os chamados grandes”, pode ler-se no site oficial.
Clube eclético desde a sua fundação, o Atlético está há muito arredado dos grandes palcos do futebol nacional. Participou 24 vezes na divisão máxima, mas desceu pela última vez em 1976/77 — há 48 anos. Nessa temporada, terminou em 16.º lugar e caiu de forma definitiva (até ao momento) para os escalões secundários.
Os principais brilharetes remontam à década de 40, com destaque para dois terceiros lugares (1943/44 e 1949/50) e um quarto posto em 1950/51.
Na Taça de Portugal, o emblema da Tapadinha esteve presente em duas finais: perdeu por 4-2 frente ao Sporting, em 1945/46, e por 2-1 diante do Benfica, em 1948/49. No que toca a títulos nacionais, soma três conquistas do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão: 1944/45, 1958/59 e 1967/68. Nas modalidades, o Atlético também brilhou, destacando-se a Taça de Portugal de Basquetebol de 1953/54 e três Taças de Portugal de Voleibol Feminino consecutivas entre 1981 e 1983.
Esta sexta-feira, o emblema da Liga 3 tem encontro marcado com o Benfica, depois de eliminar o Felgueiras, da II Liga, por 2-0, na terceira eliminatória.
Para encontrar o último triunfo do Atlético frente ao Benfica é preciso recuar aos anos 40 — mais concretamente a janeiro de 1947 — quando venceu por 3-2. Nessa década, a turma de Alcântara voltou a bater os encarnados na Taça de Portugal de 1945/46 e novamente no campeonato de 1946/47 (3-1). Desde então, registaram-se apenas cinco empates e 45 vitórias para o Benfica.
O último confronto entre as duas equipas aconteceu em 1982/83, na Taça de Portugal, com o Benfica, então treinado por Sven-Göran Eriksson, a vencer por 6-0.
Contra os outros dois “grandes”, o Atlético também já surpreendeu. Em 1946/47 eliminou o FC Porto nas meias-finais (2-1), garantindo o acesso ao Jamor. Muitos anos mais tarde, em 2006/07, voltou a afastar os dragões, desta vez no Estádio do Dragão. A equipa de António Pereira surpreendeu o FC Porto de Jesualdo Ferreira — então detentor do troféu — que caiu na quarta eliminatória com um golo de David aos 59 minutos.
“Houve falta de humildade do FC Porto e subestimaram o Atlético. Se metessem mais velocidade iriam sair com a vitória, mas o FC Porto nunca acordou”, recordou na altura António Pereira.
Em 2013/14, os dois clubes voltaram a defrontar-se, com o FC Porto a impor o seu maior poderio e a vencer por claros 6-0 nos oitavos de final.
Frente ao Sporting, o Atlético venceu apenas por uma vez na Taça de Portugal: um 2-1 caseiro em 1956/57, insuficiente para inverter a eliminatória, depois do 3-1 em Alvalade. Foi também diante dos leões que o emblema de Alcântara sofreu a derrota mais pesada na prova, um 10-0 em 1962/63.
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