À beira de concluir a sua temporada de estreia na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto fez um balanço sincero do ano em entrevista ao Globoesporte, antes do Grande Prémio de Las Vegas. O piloto da Sauber admitiu que o fim de semana no Brasil, marcado por dois acidentes — um na sprint e outro na corrida principal — foi “uma grande lição”.
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“O Brasil foi uma grande aprendizagem para todos, e para mim também. Precisamos de testar coisas. A velocidade temos tido durante todo o ano, mas eu quero praticar situações novas. Quando surgir uma ultrapassagem arriscada, preciso de saber executá-la sem perder tempo”, explicou o jovem brasileiro de 21 anos.
Bortoleto reconhece que ultimamente tem sido mais agressivo do que o habitual, mas defende que isso faz parte da sua evolução. “Infelizmente, aquela ultrapassagem não correu bem, mas houve tantas outras que correram e não apareceram na televisão. No México ganhei seis posições. No Brasil, antes do acidente na sprint, tinha ganho três. Na corrida principal, duas. É isto.”
Apesar dos percalços, o piloto deixa elogios ao apoio massivo do público brasileiro. “Adorei o público do Brasil. Mesmo depois do acidente, as pessoas gritavam, torciam e celebravam. Acho que eles entendem o que tentei explicar. Acho que gostam disto.”
E foi numa declaração carregada de personalidade que deixou claro o seu ADN enquanto piloto:
“Não quero estar aqui para ser um banana. Quero ser rápido, agressivo, competitivo e entregar bons resultados. O Senna, o nosso maior ídolo, era muito ‘tudo ou nada’. Quantas vezes arriscou e bateu? Isso faz parte. É competição.”
Bortoleto garante que está a construir o seu estilo, consciente de que haverá erros no caminho: “Tenho muitas corridas de Fórmula pela frente e tenho aprendido muito.”























