A oito jornadas do fim, o Brasileirão 2025 atingiu um marco pouco habitual — e pouco desejado: 20 despedimentos de treinadores em 30 jornadas, um número que iguala o total de equipas da competição.
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O último a perder o cargo foi Fernando Seabra, dispensado esta segunda-feira do Red Bull Bragantino, depois de três derrotas consecutivas, a mais recente diante do Vasco da Gama, de Nuno Moreira, por 3-0. A equipa ocupa agora o 12.º lugar.
O cenário espelha bem a instabilidade que tem marcado a temporada. Em muitos clubes, a mudança de treinador deixou de ser exceção para se tornar rotina — e há até casos repetidos. Fábio Carille, por exemplo, foi demitido duas vezes: primeiro do Vasco da Gama (6.ª jornada) e, mais tarde, do Vitória (21.ª). O mesmo destino teve o ex-treinador do Toluca, também afastado de dois projetos distintos.
Entre os 20 despedimentos, quatro portugueses figuram na lista: Pedro Caixinha deixou o Santos logo à 3.ª jornada; Pepa e António Oliveira foram afastados do Sport Recife na 7.ª e 11.ª rondas, respetivamente; Renato Paiva teve duas passagens interrompidas — primeiro no Botafogo (12.ª jornada), depois no Fortaleza (22.ª).
No total, foram 18 treinadores diferentes dispensados, uma vez que dois deles repetiram a “troca de banco” ao longo da época.
Enquanto a pressão consome grande parte dos técnicos, alguns resistem firmes. Abel Ferreira, no Palmeiras, mantém-se como uma das exceções de estabilidade e continua na luta pelo título, a par de Filipe Luís, no Flamengo, e Leonardo Jardim, que conduz o Cruzeiro com consistência.
Com a reta final à vista, o Brasileirão de 2025 confirma-se como uma das edições mais voláteis da última década — um campeonato em que a paciência tem sido tão rara quanto a regularidade.























