Portugal está na final da Liga das Nações. A equipa portuguesa venceu esta quarta-feira a Alemanha por 1-2, em Munique.
Os alemães até marcaram primeiro por Wirtz, aos 49 minutos, mas do banco saltou Francisco Conceição que empatou aos 63 e, apenas cinco minutos depois, Cristiano Ronaldo consumou a cambalhota no marcador.
Seis anos depois, Portugal volta à final da Liga das Nações, onde irá enfrentar a Espanha ou a França no próximo domingo.
Início prometeu…mas não cumpriu
Roberto Martínez resolveu surpreender no onze inicial, primeiro ao deixar Vitinha no banco, e depois ao colocar João Neves como lateral direito. Lá mais á frente, Francisco Trincão compunha o tridente ofensivo ao lado de Pedro Neto e Cristiano Ronaldo.
Já do lado alemão, Julian Nagelsmann, face às várias ausências, optou por um sistema 3-4-3, com um trio ofensivo onde a mobilidade de Sané e Wirtz complementava o jogo mais posicional e físico de Woltemade.
O mês de junho começou, mas a partida começou com dez minutos de atraso, devido ao granizo e à muita chuva que caiu em Munique.
Nos primeiros minutos deu para que, quer Nuno Mendes, quer João Neves, fletiam para zonas interiores no momento ofensivo, levando os extremos a dar largura. Contudo, a primeira oportunidade pertenceu aos germânicos; logo aos 4 minutos, Kimmich serviu Goretzka dentro da área, mas o remate saiu fraco à figura de Diogo Costa.
Respondeu Portugal pouco depois através de uma arrancada de Pedro Neto pela esquerda, que serviu Ronaldo no coração da área, mas o remate do avançado acabou nas mãos de Ter Stegen.
O extremo do Chelsea era um dos mais ativos no encontro, tentando a sua sorte aos 12 minutos, após nova arrancada desde a zona defensiva. Portugal mostrava solidez defensiva, defendendo por vezes numa linha de seis, e procurava rápidas transições ofensivas; numa delas, João Neves lançou Ronaldo, mas o remate de CR7 saiu ao lado.
Mas o perigo real só surgia junto da baliza lusa; 19 minutos e uma combinação entre jogadores alemães permite a Woltemade rematar para boa defesa Diogo Costa. O guardião português voltou a ser testado, travando novo remate de Goretzka.
Após um bom arranque, Portugal passava agora por momentos de maior aperto, afundando-se junto da sua área, e sem capacidade para segurar ou sair em transição, em último caso, o ataque português limitava-se a lançamentos em profundidade desde a zona defensiva.
O ‘espalha-brasas’ que imitou o pai
A segunda parte começou tal e qual a primeira, com Portugal a ameaçar; 47 minutos e um grande cruzamento de Nuno Mendes levou Cristiano Ronaldo a esticar-se mas a falhar por muito pouco.
Respondeu a Alemanha, que adiantou-se no marcador; 49 minutos e uma recuperação de bola em zona adiantada permitiu a Kimmich picar a bola para o coração da área, onde surgiu Wirtz a cabecear para o primeiro do jogo.
Em desvantagem, Roberto Martínez lançou Nélson Semedo, Vitinha e Francisco Conceição, para os lugares de Ruben Neves, Trincão e João Neves.
E as alterações não demoraram a surtir efeito; aos 63 minutos, Conceição pegou na bola pela direita, arrancou rumo à área, atirando em arco para um golo magnífico do extremo.
O golo galvanizou a equipa das quinas, que tomou conta da partida, empurrando a ‘Mannschaft’ para o seu último terço; Portugal cheirou sangue na água e conseguiu tirar proveito máximo do momento.
Cinco minutos após o empate, Bruno Fernandes combinou com Nuno Mendes, e o lateral serviu Ronaldo que, no coração da área, apenas teve de empurrar.
Atarantados pelo golpe duplo do adversário, os alemães voltaram a tomar conta da partida; depois de refrescar a equipa em vantagem, o selecionador alemão fez entrar Nmecha e Adeyemi, aumentando o pendor ofensivo dos germânicos.
Portugal tentava ameaçar no contra-ataque e Francisco Conceição teve uma grande oportunidade para ‘bisar’, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. Com o relógio a passar, os alemães começaram a carregar mais e Adeyemi esteve perto do empate aos 83 minutos, mas o remate foi ao poste.
A equipa portuguesa não se remeteu à defesa, procurando explorar o adiantamento germânico sempre que possível; aos 88 minutos apenas duas grandes defesas de Ter Stegen negaram o terceiro a Portugal.
Quarenta anos depois de Estugarda e do golo de Carlos Manuel, Portugal volta a vencer a Alemanha em solo germânico. A equipa das quinas fica agora à espera de adversário na final da Liga das Nações, que sairá do jogo entre Espanha e França.