David Luiz, atualmente a jogar no Pafos, de Chipre, emblema que se encontra a disputar a fase regular da Liga dos Campeões, recordou a passagem pelo Benfica, entre 2006 a 2010.
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“Em janeiro de 2007, o Benfica vendeu Ricardo Rocha ao Tottenham. O clube já tinha algumas dívidas antigas ao meu agente, então ele foi ao Benfica e propôs o meu nome para saldar a dívida. Faltavam poucos dias para o fim do período de transferências de inverno e o clube não tinha outros defesas disponíveis. Eu jogava na terceira divisão; com o Vitória tínhamos acabado de subir à segunda. Tinha uma pubalgia e mal conseguia andar. Cheguei a Lisboa a 31 de janeiro, no dia seguinte fiz os exames médicos e não passei. O presidente, obviamente, não sabia disso. Permaneceu um segredo. Durante três meses, chegava três horas antes aos treinos para fazer fisioterapia, depois treinava com o resto da equipa como se estivesse bem. Mas sentia-me mal: não conseguia correr, controlar a bola ou passá-la. Nem o treinador sabia do meu estado e considerava-me fraco. Só em abril joguei o meu primeiro jogo”, relembrou em entrevista à Gazzetta dello Sport, antes de abordar, na altura, o interesse do FC Porto.
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“O meu contrato terminava em junho e o Benfica ofereceu-me 3.000 euros por mês. Tinha 20 anos. O FC Porto veio ter comigo com um contrato de cinco anos, com valores muito superiores. Eu não era uma prioridade para o Benfica e o FC Porto queria-me mesmo. Então liguei aos meus pais, e o meu pai disse-me: ‘Não cuspas no prato onde comeste. Respeita as pessoas que acreditaram em ti. Assina pel o Benfica, não pelo dinheiro’. Foi uma grande lição de vida”, disse.
O defesa recordou depois a mudança para o Chelsea. “Tinha uma ótima relação com Sarri, mas foi difícil para ele no início. Ele estava a tentar implementar o jogo do Nápoles. Lembro-me que gritava para o Hazard: ‘Tens de pressionar’. E eu dizia-lhe que tinha de gerir, que havia outros jogadores, mas ele respondia: ‘Não me interessa’. Nos primeiros dois ou três meses, via-o a atirar papéis para o chão e a dizer: ‘Vou-me embora, não me interessa’. Todos os dias eu ia ter com ele e ele fumava-me para cima. Ao fim de três meses, no entanto, a equipa começou a segui-lo. Não é coincidência termos vencido a Liga Europa”, atirou.























