A equipa profissional de ciclismo Israel-Premier Tech recusou abandonar a Volta a Espanha em bicicleta, na sequência dos protestos pro-Palestina que perturbaram a 11.ª etapa, em Bilbao.
A etapa acabou sem um vencedor, por causa da presença de muitos manifestantes pro-palestinianos na meta. Haviam muitas bandeiras da Palestina, com os protestantes a derrubar as barreiras de proteção, perante o desespero de pessoas da organização na tentativa de conter a multidão.
Em comunicado, a formação israelita sublinhou que deixar a prova, como foi sugerido pelo diretor técnico da prova, ” abriria um precedente perigoso no ciclismo”.
“A Israel-Premier Tech é uma equipa profissional de ciclismo e, como tal, continua comprometida em participar na Volta a Espanha. Qualquer outra alternativa abriria um precedente perigoso no ciclismo, não apenas para a Israel-Premier Tech, mas para todas as equipas. A Israel-Premier Tech expressou repetidamente o seu respeito pelo direito de todos de protestar, desde que esses protestos permaneçam pacíficos e não comprometam a segurança do pelotão. Os organizadores da prova e a polícia estão a fazer tudo o que podem para criar um ambiente seguro e, por isso, a nossa equipa está agradecida. No entanto, o comportamento dos manifestantes em Bilbau não foi apenas perigoso, mas também contraproducente para a sua causa e privou os adeptos de ciclismo bascos, que estão entre os melhores do mundo, da chegada que mereciam”, detalhou a formação israelita, em comunicado.
Os protestos pro-Palestina na Volta a Espanha tem sido uma constante, tendo originado quedas e mesmo a paragem da Israel-Premier Tech no dia do contrarrelógio por equipas.
A direção da Volta a Espanha tinha sugerido o abandono da equipa israelita para manter a “segurança e a integridade física dos ciclistas”, mas tal não foi acatada.
A ofensiva israelita em Gaza já fez mais de 63 mil mortos, segundo dados divulgados pelas autoridades. Em 22 de agosto, a ONU declarou oficialmente a fome na cidade de Gaza. Os especialistas alertam que 500.000 pessoas se encontram numa situação catastrófica. Israel não deixa entrar ajuda humanitária.
Israel invadiu o enclave após o ataque do Hamas a 07 de outubro de 2023 que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.