O FC Porto já arrancou com força para a temporada 2025/26. A chegada de Francesco Farioli, técnico italiano de 36 anos com experiência em Nice e Ajax, define o início de uma nova era no Dragão. Farioli implementa um modelo moderno de jogo — posse dominada, pressão alta e verticalidade ofensiva — projetado para devolver ao clube a hegemonia em Portugal e competitividade na Europa.
Novos rostos, nova ambição
Até agora, foram oito os reforços oficializados para a nova época:
João Costa (guarda‑redes, ex-Estrela da Amadora),
Alberto Costa (defesa, ex-Juventus, ~15 M€),
Nehuén Pérez (defesa, ex-Udinese, 13,3 M€),
Jan Bednarek (defesa, ex-Southampton, 7,5 M€),
Dominik Prpić (defesa, do Hajduk Split, 4,5 M€),
Victor Froholdt (médio, 20 M€ do Copenhaga),
Borja Sainz (extremo, 13,3 M€ do Norwich) e
Luuk de Jong (avançado veterano, contratado surpresa como agente livre).
O investimento global aproxima-se dos €69 milhões, com Froholdt a tornar-se o mais caro da história do clube e De Jong a aparecer como “reforço fantasma”, anunciado no Dragão sem qualquer leak — surpreendendo até os jornalistas internacionais.
Reestruturação defensiva e reforço do meio-campo
O setor recuado foi profundamente alterado com as contratações de Prpic e do internacional polaco Bednarek, enquanto Alberto Costa surge como aposta para a lateral-direita. No meio-campo, Froholdt chega com carta de grande promessa, encaixando no estilo de jogo mais posicional exigido pelo treinador. Borja Sainz acrescenta ritmo ofensivo às alas com talento e profundidade.
Saídas relevantes e um balneário em reconstrução
A temporada passada ficou marcada por exibições inconsistentes, uma quebra de rendimento coletivo e, acima de tudo, por sinais de falta de comprometimento por parte de algumas figuras do plantel. Essa instabilidade, associada ao fim de um ciclo técnico, contribuiu para uma verdadeira revolução no balneário. Francisco Conceição (32 M€ para a Juventus), Gonçalo Borges (10 M€ para o Feyenoord), Otávio (17 M€ para o Paris FC), Nico González (60 M€ para o Manchester City) e outros como Fábio Vieira e Samuel Portugal deixaram o clube.
As mudanças, no entanto, já se fazem sentir — e a maioria destas saídas não deixou saudades no Dragão. Entre despedidas discretas e negócios que até agradaram aos adeptos, o sentimento dominante é de que era tempo de virar a página. A janela de transferências está ainda longe de fechar, mas o FC Porto começa a apresentar sinais de renovação interna, com um grupo mais jovem, comprometido e à imagem das ideias que Francesco Farioli pretende implementar.
Adaptação ao novo modelo e perguntas por responder
A grande incógnita da temporada é perceber como o grupo — profundamente renovado — se vai adaptar ao modelo exigente de Francesco Farioli, marcado pela construção curta, intensidade na reação à perda e grande mobilidade ofensiva. O técnico italiano trouxe novas ideias, e, a avaliar pelos jogos da pré-época, tudo parece estar a sair de feição: nota-se uma equipa mais ligada, mais organizada e, acima de tudo, com outra atitude competitiva.
Ainda assim, é importante sublinhar que os testes de verão valem o que valem. A verdadeira medida do sucesso virá nos jogos a doer — nos embates da Liga, nas provas europeias e na Taça. É aí que a coesão do balneário, o rendimento coletivo e a consistência defensiva (algo que tanto faltou em 2024/25) vão ser realmente postos à prova. Por enquanto, há esperança e entusiasmo no ar, mas o Dragão sabe que precisa de resultados rápidos para alimentar a crença no novo ciclo.
Olhar ambicioso para a nova época
O objetivo é cristalino: conquistar o título nacional e regressar com força à Liga dos Campeões. A reestruturação tática, o reforço do elenco e a experiência europeia ambicionada formam a base de um projeto pensado para vencer — com posse eficaz, intensidade e identidade renovada. É tempo de reconquistar todos os títulos em disputa.
A nova era no Dragão não é apenas uma mudança de rosto: é um recomeço com identidade.