A noite era especial para Diogo Costa, que chegou às 200 presenças pela equipa principal do FC Porto, mas transformou-se também numa exibição de gala coletiva dos dragões, que não deram hipóteses ao Casa Pia.
Quatro golos, domínio absoluto e a sensação de que a equipa de Francesco Farioli começa a ganhar rotinas para embalar a temporada.
O início até trouxe um primeiro aviso desperdiçado: William Gomes deixou para trás o defesa e surgiu cara a cara com Patrick Sequeira, mas o guardião casapiano negou-lhe a festa.
Logo de seguida, foi Luuk de Jong quem tentou o desvio ao primeiro poste, sem sucesso. O VAR ainda analisou um possível penálti por mão na área, mas nada foi assinalado.
O Dragão já estava em ebulição e o golo apareceu com naturalidade. Froholdt recuperou uma bola perdida do Casa Pia, avançou decidido para a área e ofereceu a Borja Sainz o momento que todos esperavam. O espanhol não vacilou e finalizou com simplicidade para o 1-0.
A equipa azul e branca não tirava o pé do acelerador. William Gomes, que já tinha assustado, deixou de vez a sua marca: arrancada de classe, dois defesas ultrapassados e um remate de pé esquerdo, de fora da área, a bater Patrick Sequeira. Um golo que pôs o Dragão em festa e mostrou que este Porto tem soluções individuais capazes de desequilibrar em qualquer momento.
O Casa Pia, por sua vez, parecia prisioneiro da pressão alta dos dragões. Incapaz de ligar jogadas, limitava-se a tentar sobreviver.
Varela ainda acertou no poste com um míssil de longe, mas foi Alberto Costa, aos 40 minutos, a aproveitar um ressalto na área para ampliar a vantagem. 3-0 ao intervalo, e podia ter sido mais.
Na segunda parte, João Pereira mexeu na equipa, mas o cenário manteve-se. O FC Porto continuava a instalar-se no meio-campo adversário, criando oportunidades atrás de oportunidades.
Bednarek e Alberto Costa ficaram a centímetros do quarto golo, mas o marcador só voltou a mexer aos 67 minutos, num lance caricato: Tchamba tentou atrasar a bola, mas ofereceu-a a Borja Sainz, que correu isolado até à área e, com frieza, bisou, fixando o 4-0 final.
A partir daí, o jogo ganhou ritmo de treino. O Casa Pia tentou ganhar metros, mas sem perigo real, enquanto o FC Porto geria com posse, mantendo a intensidade necessária para controlar sem sobressaltos.
O apito final trouxe a confirmação do triunfo robusto, num jogo que será recordado pela festa de Diogo Costa, pela inspiração de Borja Sainz e pela arte de William Gomes. Uma noite completa para os adeptos portistas, que saíram do Dragão com a certeza de que a equipa está a crescer e a ganhar ainda mais confiança.