O FC Porto reagiu esta terça-feira à notícia da abertura de um processo disciplinar do Conselho de Disciplina da FPF, na sequência da alegada pressão exercida sobre o árbitro Fábio Veríssimo ao intervalo do jogo com o Sporting de Braga, disputado no domingo, no Estádio do Dragão.
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Num extenso comunicado publicado nos canais oficiais do clube, os azuis e brancos garantem ainda não terem recebido os relatórios finais da partida e exigem à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) esclarecimentos sobre “a aparente divulgação prévia de documentação oficial em canais privados antes de as partes diretamente envolvidas a receberem”.
O clube portista aproveitou para fazer uma reflexão mais ampla sobre o estado da arbitragem nacional, afirmando que “persistem graves problemas” relacionados com “dualidade de critérios”, “falta de uniformização nas decisões” e “condicionamento permanente das arbitragens antes e depois dos jogos”. O texto fala também em “tentativas de branqueamento de lances capitais com impacto direto nos resultados através do comportamento coordenado de comentadores com relações privilegiadas no seio dos organismos decisores”.
O FC Porto enumera vários lances que considera ilustrar essas situações, como o “lance envolvendo Sudakov em Guimarães”, “as expulsões perdoadas a Richard Ríos na Amadora e em Alverca”, “o penálti assinalado no jogo Benfica-Tondela” ou “a expulsão perdoada a Diomande” frente ao Alverca.
Relativamente a Fábio Veríssimo, o clube denuncia ainda alegadas “ameaças” feitas pelo árbitro a dirigentes portistas após o encontro com o Arouca, acrescentando que essas “formas de intimidação” se terão concretizado no jogo com o Braga. O caso será, segundo o comunicado, “objeto de participação ao Conselho de Disciplina”.
O emblema azul e branco critica ainda o comunicado do Benfica, emitido após a polémica, considerando “irónica” a posição do rival e recordando “episódios recentes associados à arbitragem” envolvendo o clube da Luz.
O FC Porto termina o texto defendendo uma “reflexão profunda sobre o estado atual do futebol português” e revela ter pedido uma reunião ao presidente do Conselho de Arbitragem durante a próxima paragem do campeonato, manifestando “disponibilidade para reforçar e proteger a qualidade e a independência da arbitragem em Portugal”.























