A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou hoje que retirou oficialmente a candidatura à organização do Campeonato da Europa feminino de 2029. Portugal concorria com Alemanha, Polónia e a candidatura conjunta de Dinamarca e Suécia, mas decidiu abandonar a corrida a poucos dias do anúncio do anfitrião, marcado para 3 de dezembro.
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Em comunicado, a direção liderada por Pedro Proença justificou a desistência com a necessidade de concentrar todos os esforços na organização do Mundial2030, que Portugal acolherá em conjunto com Espanha e Marrocos. “Em total sintonia com a UEFA e garantindo foco total na organização do Mundial2030, a direção validou a decisão de retirar a candidatura ao Europeu feminino de 2029”, pode ler-se na nota federativa.
A reunião da direção trouxe outras decisões relevantes. A FPF anunciou a criação de um departamento dedicado ao futebol feminino, sublinhando a importância de reforçar a modalidade nos próximos quatro anos através da consolidação dos quadros competitivos e do investimento no desenvolvimento de clubes, treinadores e jogadoras.
O organismo aprovou ainda, por unanimidade, um voto de louvor à seleção masculina pelo apuramento para o Mundial2030, bem como a nova política anticorrupção, que entra imediatamente em vigor. Foram igualmente anunciados dois novos grupos de trabalho: um para discutir o futuro modelo de financiamento do futebol português e outro dedicado à análise da tipologia e critérios dos investidores no setor.
A candidatura ao Europeu feminino de 2029 tinha sido lançada em setembro de 2024, ainda sob liderança de Fernando Gomes, agora presidente do Comité Olímpico de Portugal, que então defendia que acolher o torneio ajudaria a consolidar o crescimento da modalidade no país.
Portugal participou em três fases finais do Europeu feminino — 2017, 2022 e 2025 — mas continua a procurar a sua primeira passagem além da fase de grupos.























