A França vai extraditar para os Estados Unidos da América o basquetebolista russo Daniil Kasatkin. O pedido de extradição do jogador foi aprovado pelo Tribunal de Recurso de Paris, depois de Kasatkin ter estado mais de quatro meses num centro de detenção preventiva na capital francesa, à espera de uma decisão final.
O russo foi detido no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, a 21 de junho de 2025, a pedido das autoridades dos EUA. O jogador é acusado de fraude eletrónica e fraude informática. As autoridades norte-americanas acreditam que o basquetebolista está envolvimento com um grupo de ciber-criminosos especializado em ataques com ransomware.
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Daniil Kasatkin esteve mais de quatro meses preso preventivamente, ultrapassando os prazos legais de 60 dias em França. O tribunal rejeitou os argumentos do advogado de Kasatkin, Adrien Billemaz, que alegava o incumprimento dos prazos e solicitava a libertação do seu cliente.
A Agência France Press – AFP – detalha que o jogador, que representava o MBA Moscovo e passou também pelo basquetebol universitário nos Estados Unidos, é acusado pelas autoridades norte-americanas de ter atuado como negociador de um grupo responsável por mais de 900 ataques informáticos entre 2020 e 2022. Segundo a investigação, o jogador contactava as vítimas para negociar os valores a pagar para desbloquear os sistemas comprometidos.
O Departamento de Justiça dos EUA não revelou oficialmente o nome do grupo em causa, mas os contornos do processo coincidem com outras ações movidas contra o grupo Conti Ransomware.
No entanto, a sua defesa garante que as acusações são falsas, já que o jogador não possui conhecimentos de informática. A defesa alega que um vizinho de Kasatkin poderá ter utilizado o seu computador portátil para atividades ilícitas.
O jogador incorre numa pena máxima de cinco anos de prisão para os crimes de fraude eletrônica, e de 20 anos para os crimes de fraude informática, penas aplicadas para este tipo de crimes nos EUA.
A imprensa norte-americana avança com a possibilidade de Daniil Kasatkin vir a ser incluindo numa possível troca de prisioneiros com a Rússia, como alternativa ao processo judicial que poderá enfrentar nos Estados Unidos.























