A seleção nacional vai dar início à preparação para o jogo frente à Irlanda, esta quinta-feira. João Neves fez a antevisão à partida, antes do treino desta segunda-feira.
O jogador do PSG falou sobre os problemas físicos que tem sofrido e garante que se sente a 100%, depois de ter falhado a última convocatória. De seguida, abordou as eleições no Benfica e afirmou que só quer “o bem do clube”. Para além disso, João Neves desvalorizou o facto ainda não ter marcado ao serviço de Portugal, apesar de não esconder a vontade em fazê-lo. O médio garantiu que o objetivo de Portugal é assegurar o apuramento para o Mundial em Dublin e revelou o que espera do adversário.
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João Neves falou ainda sobre as diferenças entre clube e seleção, bem como dos treinadores Roberto Martínez e Luis Enrique.
Recorde-se que Portugal vai defrontar a Irlanda esta quinta-feira, em Dublin, a partir das 19h45. No domingo, a Arménia visita a seleção das quinas no Estádio do Dragão.
Leia as declarações completas
Problemas físicos: “Sinto-me bem. Estou aqui a cem por cento para contribuir para o bem da seleção, para dar o melhor de mim e ajudar a equipa no apuramento.”
Eleições do Benfica: “Na altura pronunciei-me sobre a posição no clube. Hoje, vendo de fora, só quero o bem do Benfica. Foi o clube que me acolheu desde pequeno, que me ensinou o que é o futebol e que me deu os valores para estar onde estou. Para mim, desde que o presidente trouxesse o clube de novo ao seu melhor, ao topo, eu ficaria muito feliz.”
Ainda não marcou pela seleção: “Nunca meto o meu golo ou a minha assistência à frente. Penso sempre me prol do coletivo. Desde que nós ganhemos e nos apuremos, estou sempre contente. Se é com um golo meu ou não, por mim é-me indiferente. Espero um dia alcançar o meu primeiro golo na seleção, seja agora ou mais à frente. Mas logo veremos.”
Apuramento contra Irlanda: “Procuramos sempre a vitória no próximo jogo. Se pudermos fazê-lo [apuramento] já contra a Irlanda, melhor. Sabemos que as equipas que vamos enfrentar têm qualidade e vão-nos meter à prova. Se conseguimos já o apuramento seria muito bom.”
Objetivo da Bola de Ouro: “Será sempre bem-vinda se for entregue… Não é um objetivo claro na minha carreira e na minha maneira de ver o futebol. Penso nos troféus coletivos, seja na Seleção, seja no clube.”
Benfica e chegada de Mourinho: “A nível de Benfica, é óbvio que continuo a acompanhar, não só a equipa principal como as jovens. Fico contente que haja muita qualidade. Na equipa principal, fora os resultados negativos, temos um bom plantel, equilibrado e que pode fazer um grande campeonato”.
Acompanhar estágio de fora. O que pode trazer para a seleção e golo decisivo no PSG: “Muito difícil, gosto de contribuir. Estar de fora por lesão foi difícil, não poder contribuir como gosto. Esses dias de recuperação fizeram-me sentir o que é estar dentro de campo e a vontade que tenho de lá estar. Agora trago frescura, vontade, empenho e vou tentar dar a minha melhor versão de mim para ajudar”.
Mudanças frequentes entre clube e seleção: É sempre complicado para nós. Temos um largo espaço para a preparação para o Mundial, Europeus, e pouco tempo para estarmos juntos. Vejo isto com bons olhos para podermos preparar em termos coletivos as competições. É sempre bom voltar a Portugal, sair da frescura lá de Paris e vir para o bom tempo… De reunir-me com antigos colegas, pessoas que aprecio. Vejo com bons olhos estar na Seleção”.
Diferenças entre Roberto Martínez e Luis Enrique: “São treinadores diferentes, maneiras de jogar diferentes. Mas gostam de ter a bola, atacar… Faço o que me é pedido, é para isso que estou aqui, para seguir as ordens do mister. E jogando no meio, a lateral, onde quer que seja, até saído do banco, vou estar sempre pronto para ajudar e fazer o meu melhor”.
Segredo para ser bem recebido pelos mais velhos (Bruno Fernandes disse que era um miúdo especial). Evolução como jogador: “Não sei responder a essa pergunta… Tento ser eu próprio, tanto a jogar futebol como pessoa cá fora. É verdade que sempre fui bem recebido por todos os colegas mais experientes, sempre me integrei bem, sempre me acolheram e deram a mão. Estou muito grato. O Bruno foi uma pessoa muito importante para mim. Fez-me integrar, fez-me perceber que não era preciso estar nervoso. Coisas que mudaram no meu futebol? Tenho melhorado a minha chegada à área, dá para ver com os golos. Mas sei que há sempre tudo a melhorar. Acho que um dos grandes aspetos que me faltava era a chegada a área, o golo, a assistência. Mas não é algo em que me foque muito. Desde que a equipa ganhe…”.
Vitinha e vontade de jogar com o colega de equipa mais vezes na seleção: “A seguir vou dar-lhes um abraço, não se preocupe. É continuar a ser eu mesmo e espero que continuem a ser os mesmos para mim. Jogar lado a lado? Cabe ao mister. A mim e ao Vitinha cabe dar o melhor pela Seleção. A decisão do mister é sempre em prol do grupo”.
Diferenças entre Irlanda em Alvalade e o que poderá ser em Dublin: “Acho que vai ser mais difícil, um jogo fora com os adeptos deles. Nunca desistimos e ganhámos nos últimos minutos, soube bem. Sabemos que são equipas que nos vão trazer algumas dificuldades, tanto a Irlanda como a Arménia. Mas cabe-nos trabalhar durante o pouco tempo que temos, tentar anular o adversário e ver os pontos negativos e aproveitar”.























