John Amaechi, o primeiro jogador na NBA, que anunciou publicamente a sua homossexualidade, publicou o seu terceiro livro ”Não é magia: as capacidades comuns de líderes excecionais’.
– Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt –
O antigo jogador britânico optou por revelar a sua homossexualidade num livro em que relatou o quão duro foi viver no mundo da NBA, tendo em conta a sua orientação sexual, em que se viu obrigado a frequentar clubes gay. Isto num período em que viveu numa cidade tão conservadora como Salt Lake City.
“O meu objetivo passava por ajudar pessoas a sentirem-se mais à vontade com a sua sexualidade, mas falhei redondamente”, referiu, acusando Karl Malone (antiga lenda da NBA) de ser homofóbico, assim como Jerry Sloan (antigo treinador dos Utah Jazz) que o odiava por causa da sua orientação sexual.
“Não creio que houvesse alguém na minha vida em 2005, que não soubesse que era gay”. O ex-jogador dos Cavaliers, Magic e de Utah Jazz deixou a NBA em 2003, com uma média de 6,2 pontos por jogos e 2,6 ressaltos.
Agora em entrevista à Hoopshype, e depois de ter revelado a sua homossexualidade, no livro ‘Man in the Middle’, Amaechi reflete agora sobre o seu papel como defensor da causa.
“Se o meu objetivo era ajudar as pessoas a sentirem-se mais à vontade para sair do armário no desporto, falhei redondamente”, reconheceu.
“Se os meus colegas de equipa o suspeitavam? Sim, muitos. Perguntavam-me sobre isso durante a minha carreira, e eu contava-lhes”, revelou. “Só houve uma vez em que não respondi diretamente à pergunta ‘és gay’?’. Foi com o Greg Ostertag, porque ele perguntou-me isso ao entrar em campo para jogar. Eu disse-lhe: ‘Não é o momento para essa conversa.’
“Talvez as pessoas saibam ou não, há muitas pessoas gays na NBA que saíram do armário da mesma forma. Alguns dos seus treinadores, colegas, membros do staff e até alguns árbitros. Lembro-me de ter conhecido um árbitro uma vez num bar gay em Phoenix. E assim, acaba-se por conhecer algumas dessas pessoas”, concluiu.