John Terry, antigo defesa e capitão do Chelsea, confessou ter considerado o suicídio após o célebre penálti falhado na final da UEFA Champions League de 2008, contra o Manchester United.
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No Estádio Luzhniki, em Moscovo, depois de golos de Cristiano Ronaldo e Frank Lampard, o empate subsistiu ao fim de 120 minutos, levando a decisão para o desempate por pontapés da marca de grande penalidade.
Aí Ronaldo até foi o primeiro a falhar, Nani marcou pelo meio e deixou o resultado em 4-4 com o Chelsea com um penálti por cobrar. Coube a Terry a conversão dessa grande penalidade e o capitão dos blues tinha o título nas mãos, podendo oferecer ao Chelsea a sua primeira Champions caso marcasse. Mas escorregou no momento do remate e a bola foi ao poste, com o Manchester United a acabar depois por vencer por 6-5 esse desempate e erguer o troféu, após Anelka desperdiçar outra grande penalidade para os blues.
Terry deu agora a entender que contemplou mesmo o suicídio, antes. “Olhando para trás, lembro-me que, depois do jogo, voltámos todos para o hotel e eu estava no 25.º andar, em Moscovo, a olhar pela janela e a pensar: ‘Porquê? Porquê?’. Não estou a dizer que, se tivesse essa oportunidade, saltaria, mas há coisas que nos passam pela cabeça naquele momento específico. Depois, os meus colegas subiram e levaram-me para baixo. São aqueles momentos em que pensamos ‘e se?’. Nunca se sabe, pois não?”, recordou, em declarações ao podcast de Reece Mennie.
Terry acrescentou que o sofrimento se prolongou nos dias seguintes. “Três ou quatro dias depois, juntámo-nos na seleção de Inglaterra e, de repente, estávamos sentados à mesa de jantar com os jogadores do Manchester United, o que foi a pior coisa de sempre! Mesmo hoje, isso ainda me passa pela cabeça. Suavizou com os anos, claro, mas quando se está a jogar, a encadear jogos e épocas, consegue-se compartimentar e colocar isso para trás. É agora que estou reformado, sem o foco de jogar todas as semanas ou perante os adeptos, que isso realmente me afeta. Ainda acordo a meio da noite e penso ‘sim, aquilo aconteceu mesmo’, e não creio que essa sensação desapareça”, confessou também.























