Jurgen Klopp concedeu uma extensa entrevista ao portal britânico ‘The Athletic’, onde sublinhou que não tem pretensões de volta a ser treinador.
Após a saída do Liverpool, o alemão aproveitou para passar tempo com a família e fazer “coisas normais”, mas teve sempre uma ideia clara em mente.
“Eu sabia que iria voltar a trabalhar, mas também sabia que não queria trabalhar mais como treinador”, afirmou.
“É isso que eu penso, mas nunca se sabe. Tenho 58 anos de idade. Se eu começasse, novamente, aos 65 anos, toda a gente iria dizer ‘Tu disseste que nunca mais irias voltar”‘. Peço desculpa, eu tinha 100% a certeza, quando o disse! É isso que eu penso, neste momento. Não sinto falta de nada”, acrescentou.
O antigo técnico germânico destacou alguns aspetos da sua carreira para exemplificar a sua ideia.
“Se vocês olharem para a minha carreira, houve carreiras com muito mais sucesso do que a minha, mas eu tive de tudo. Perdi mais finais da Liga dos Campeões do que a maior parte das pessoas disputa. Eu sei como perder e como é que a vida segue em frente. Não preciso de manter a minha experiência para mim mesmo. Nunca precisei, mas, simplesmente, nunca tive tempo para falar com as pessoas sobre isso, porque o mais importante era sempre o próximo jogo. Agora, se alguém me perguntar alguma coisa, sou o livro mais aberto que existe”, reforçou.
Klopp comentou ainda a reação adversa que surgiu na Alemanha após se ter sabido que o técnico iria trabalhar com a Red Bull.
“É engraçado que só na Alemanha é que a reação foi essa, mas tudo bem, sem problemas. Toda a gente pode dizer aquilo que quiser. Só têm de aceitar que eu faço aquilo que quero, desde que não magoe ninguém. Já agora, não espero que as pessoas se lembrem daquilo que eu fiz por um clube em específico. As pessoas que vão, agora, ao estádio do Mainz… Eram crianças quando eu estive lá [entre 1990 e 2001, enquanto jogador, e entre 2001 e 2008, como treinador], por isso, os pais tiveram de contar-lhes quem eu era”, concluiu.