O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afastou hoje Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e determinou a realização de eleições “o mais rápido possível”.
O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro declarou nulo o acordo que tinha permitido a Ednaldo Rodrigues continuar em funções e delegou no ‘vice’ Fernando Sarney a responsabilidade de convocar eleições.
O juiz considerou que existiram irregularidades na assinatura de um acordo firmado por cinco dirigentes da CBF no início deste ano para encerrar o processo que questionava a legalidade das eleições de 2022.
A validade desse acordo foi posta em causa por dúvidas quanto à falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, mais conhecido como Coronel Nunes, que foi diagnosticado com um tumor cerebral em 2018.
“A solidez das provas apresentadas leva à inevitável conclusão sobre um facto, inclusive, óbvio: o Coronel Nunes é, desde há algum tempo, incapaz de expressar conscientemente a sua vontade”, defendeu o juiz.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já tinha destituído Rodrigues da presidência da CBF em dezembro de 2023, por considerar que as eleições que ele ganhou em 2022 foram realizadas segundo regras que violavam o regulamento interno daquela entidade.
As regras das eleições foram acertadas entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro, algo que o juiz regional considerou uma irregularidade.
No entanto, um mês depois, o juiz Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil, anulou a decisão e devolveu o cargo a Ednaldo Rodrigues.
Em 24 de março, Rodrigues foi reeleito, por unanimidade, presidente da CBF, para um mandato que começava em 2026 e terminava em 2030.