A instabilidade regressou em força a Turim. A Juventus anunciou esta segunda-feira a demissão de Igor Tudor, apenas sete meses depois da sua chegada, encerrando mais um capítulo conturbado no banco do Allianz Stadium.
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O treinador croata, que tinha contrato válido até 2027, deixa o cargo após oito jogos consecutivos sem vencer e junta-se a Thiago Motta na lista de técnicos dispensados, mas ainda pagos pelo clube.
A decisão tem peso não apenas desportivo, mas também económico: a direção bianconera soma agora 27,3 milhões de euros em salários pendentes, correspondentes a 11 milhões de Tudor e 16,3 milhões de Motta, afastado em março. Somando o atual técnico interino, são três treinadores sob contrato — um cenário inédito na centenária história da Juventus.
A relação entre Tudor e o clube começou de forma promissora, com o ponto alto a vitória épica sobre o Inter (4-3), mas rapidamente se deteriorou. A partir daí, a equipa entrou numa espiral negativa, somando apenas cinco empates em oito jogos e perdendo terreno na luta pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões. O croata, que havia condicionado a sua continuidade à renovação contratual no verão, vê agora o vínculo de longo prazo transformar-se num pesado encargo financeiro para a administração.
Desde a saída de Massimiliano Allegri, em 2021, a Juventus tem vivido uma instabilidade crónica no comando técnico: três treinadores em quatro anos e nenhum capaz de completar uma época inteira. O clube enfrenta, assim, uma dupla crise — desportiva e financeira —, com a direção a tentar redefinir a identidade de uma instituição que, durante décadas, foi sinónimo de rigor, estabilidade e sucesso.























